À Inforpress, a presidente da Educação Sem Fronteira, Maria dos Anjos Sanchez da Veiga, emigrante há muito naquele país europeu, revelou que Educação Sem Fronteira promete levar avante este projecto numa das localidades da ilha de Santiago, por forma a ajudar as mães, sobretudo as vendedeiras, na criação dos seus filhos.
“Queremos edificar um lugar seguro, que proporciona uma ligação entre os familiares, pois tanto a creche como jardim seriam abertos aos que mais precisam destes serviços, de forma que projetamos para proporcionar uma vivência digna, não só às criancinhas, como também aos seus progenitores”.
A organização, explicou, vai partir em força na mobilização de recursos financeiros e materiais para que o sonho se torne realidade.
Maria Sanchez disse que a Educação Sem Fronteira foi fundada 2006 por um neerlandês e em comunhão com dois caboverdianos e que trabalha em áreas múltiplas, quais sejam cultural, desportiva, social, saúde, educação de entre outras, pelo que já conta com uma vasta experiência em trabalhos sociais.
De momento, afiançou, outro dos grandes projectos, a curto prazo, passa pela concretização de um intercâmbio entre jovens caboverdianos radicados nas ilhas e nos Países Baixos, visando a realização de estágios paralelos nos dois países, como forma de proporcionar trocas de experiências e partilhas entre estudantes de diversos níveis de ensino.
A organização esteve em Cabo Verde com uma equipa constituída por dois caboverdianos e outros tantos neerlandeses, a trabalhar como voluntário na edição segunda do Africa Youth Cup, prova encerrada domingo último, no Estádio Nacional, onde Maria Sanchez reclamou a presença de um número maior de equipas residentes e uma maior participação dos jovens.
Ao considerar que este torneio internacional de formação já tem a sua marca, além de projectar novos talentos africanos para o futebol ao mais alto nível, Maria Sanchez lamentou a reduzida participação de equipas femininas no evento, já que apenas dois emblemas da capital marcaram presença na prova, quando atestam, há que pautar pelo equilíbrio do género.
Em jeito de mensagem exortou a todos os crioulos residentes no sentido de acolher iniciativas provenientes da diáspora de mãos abertas, salientando que no estrangeiro organizam-se, sistematicamente, em várias frentes para a arrecadação de donativos para servir a população, mas problemas burocráticos que ainda persistem atrapalham a desalfandegagem de muitos donativos.
“Queremos dar o nosso máximo, mas também receber o carinho e a amizade de todos”, concluiu.
A Semana com Inforpress