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Óbito: Faleceu o musicólogo Pedro Celestino Correia 13 Fevereiro 2023

O musicólogo caboverdiano Pedro Celestino Correia, 58 anos, autor de “Partituras de Músicas de Cabo Verde I, II e III”, faleceu este fim-de-semana e vai a enterrar em data a indicar na Calheta de São Miguel, na ilha de santiago, sua terra natal.

Óbito: Faleceu o musicólogo Pedro Celestino Correia

O autor, que se preparava para lançar a sua mais recente publicação, deu a estampa na Calheta São Miguel, ilha de Santiago, sua terra Natal, ainda este mês, sete livros de uma assentada, tendo afirmado que pretendia publicar este ano mais sete livros de música da sua autoria, dando continuidade ao projeto iniciado em 2020 com o livro “Partituras de Músicas de Cabo Verde II e III”.

Tratava-se de dois cadernos com um total de 114 representações escritas de músicas tradicionais caboverdianas, num autêntico serviço de preservação da cultura musical.

Quarenta e uma mornas, oito coladeiras, um funaná, um rabolo/mazurca, dos mais conhecidos compositores do País constituíram a terceira compilação em 179 páginas de formato A4, que se junta, ao segundo volume de 279 laudas da música moderna contendo 60 partituras distribuídas por mornas, coladeiras, baladas, batuques e funanás, envolvendo 43 autores.

Os dois livros incluem letras cifradas, “seguidas de partituras geralmente constituídas de três pentagramas”, a primeira com notas gráficas para guitarra-nosso, a segunda com linha melódica acompanhada de letra e a terceira pauta com teclados, com cifras universais e tradicionais, organizadas por ordem alfabética.

Numa entrevista que concedeu à Inforpress, há algum tempo, o malogrado referia que durante o seu tempo de músico aprofundou, no Seminário de São José, a teoria com o “objetivo de um dia escrever músicas mediante símbolos”, acreditando que esta é mais uma iniciativa que nasceu espontaneamente para presentear o País com esta espécie de “Real Book”, nascido nos anos 70, nos EUA.

Pós-graduação em Geografia Humana e Planeamento Regional e Local e pós-graduado em Estudos Autárquicos, este filho de Flamengos, no concelho de São Miguel, estudou a história da música europeia em Coimbra, Portugal, e tem uma passagem em tocantins nos diversos restaurantes da capital e nas missas dominicais.

Em tempo de prevenção face à pandemia da covid-19, Pedro Celestino aproveitou a comunicação social para a divulgação física destes livros, que começou a escrever em 2009, por incentivo do músico Casimiro que o conduziu ao lançamento do seu primeiro caderno em Dezembro de 2017, numa parceria com a antiga professora Larissa Morais.

A Semana com Inforpress

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