Esta posição foi defendida esta quinta-feira, pelo presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo, no âmbito das visitas que os deputados do partido efetuaram esta tarde à Câmara de Comércio de Sotavento, seguido do Tribunal de Contas, isto no âmbito do debate sobre o Estado da Nação.
Em relação ao Tribunal de Contas, Rui Semedo afirmou que receberam informações importantes sobre o funcionamento da instituição, pelo que aproveitaram para colocar algumas questões que têm que ver com as contas que já foram objetos de parecer.
Entretanto, avançou que terão a oportunidade de ouvir o Tribunal de Contas em sede das comissões especializadas para esclarecer mais questões. Para já, adiantou, puderam questionar sobre a discrepância que houve entre os posicionamentos e os relatórios apresentados pelos auditores e o parecer fixado que foi entregue no parlamento.
“Mas, fica a ideia de que a nível de uma instituição tão importante como é o Tribunal de Contas deverá haver uma sintonia entre os pareceres dados pelos auditores e o parecer fixado pelo juiz responsável pelo parecer das contas do Estado”, defendeu.
Segundo o deputado do PAICV há ainda questões concretas nas contas do Estado que foram colocadas, designadamente o aumento do défice do Estado, que diz ultrapassar o limite fixado em termos legais, que também, afirmou, fica para ser esclarecida e aprofundada em sede de debate.
É que, explicou, o limite é de 0,3 % e neste momento há um aumento do défice de 3,3 pontos percentuais, para quem esta é uma questão que deve ser vista.
Para o debate sobre o Estado da Nação, previsto para 28 de Julho, o maior partido da oposição vai falar, conforme o presidente do PAICV, de uma país real, com “graves problemas de segurança, de acesso ao emprego, que tem grave problema de acesso a rendimento das pessoas e das famílias”.
Trata-se ainda de um país, acrescentou, que “precisa empoderar as famílias, as suas empresas para estar em condições de gerar riqueza e criar emprego, um país que tem problemas ligados à saúde, ao transporte, à educação, e muitos outros problemas”.
A Semana com Inforpress