O deputado Luís Pires, em declarações políticas feitas no parlamento, afirmou que em defesa dos professores e de todas as classes profissionais, entende que, por uma questão de justiça social, o aumento do salário daqueles que ganham menos têm de ser a prioridade das prioridades neste país.
"Se o Sr. Ministro da Educação desconhece os motivos da manifestação dos professores, conforme disse em entrevista, é porque a situação é ainda pior”, enfatizou.
Recordou, no entanto, que o Governo do PAICV já tinha iniciado esta atualização em 2015 e com um aumento na ordem dos 3%.
O maior partido da oposição propôs, neste sentido, a promoção automática de todos os docentes em regime de carreira, com 4 ou mais anos acumulados de atraso.
"Nestes tempos difíceis, para as famílias cabo-verdianas, propomos a redução, para metade, do montante das propinas na Universidade Pública", exigiu.
Os deputados do partido da independência, através de Luís Pires, também propuseram a atribuição de um subsídio de comunicação aos professores e internet grátis nas escolas para os alunos.
"É preciso melhorar a qualidade e resiliência do sistema educativo e de formação, para mais e melhores empregos. É preciso fazer da Educação o caminho para novos horizontes, construindo o Capital Humano para o Século 21!", assinalou.
Luís Pires fez questão de focar que o PAICV levou ao parlamento o problema da educação e dos professores, mas a bancada que suporta este este Governo minimizou a questão e em tom de “chacota” disse, quase em coro: “Outra vez?”
"E nós, categórica e convictamente repetimos hoje: - Sim. Outra vez!
Outra Vez, e tantas vezes quantas forem necessárias, até que a situação mude e melhore, a bem do País, o nosso maior compromisso!», destacou.
Ressaltou que, outra vez, para que fique, definitivamente claro que a crise instalada na educação, não é uma mera invenção dos chamados negacionistas de serviço.
E conforme desafiou Luís Pires, «outra vez, porque este Governo de Ulisses Correia e Silva não cumpriu com a sua palavra e as pendências que eram para ser resolvidas até dezembro de 2023, continuam alvo das mesmas manobras dilatórias».
Além de reagir a estas declarações durante os debates, o MpD apresentou também uma declaração política em que destaca os ganhos coseguidos pelos professores com o atual governo (ver este jornal).