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Crise no sector de transportes: PAICV pede ao Governo que cumpra a lei na definição das tarifas do transporte de carga interilhas 30 Setembro 2023

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV oposição) pediu este sábado, ao Governo que cumpra a lei na definição das tarifas do transporte de carga interilhas, evitando que a concessionária tenha os poderes da definição das tarifas que é da competência da reguladora.

Crise no sector de transportes: PAICV pede ao Governo que cumpra a lei na definição das tarifas do transporte de carga interilhas

Este pedido foi feito em conferência de imprensa pelo deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), João do Carmo, eleito pelo círculo de São Vicente.

Segundo o deputado, apesar do anúncio da empresa CV Interilhas da “suspensão do aumento em 25% as tarifas do transporte de carga, até que sejam dadas por terminadas as consultas sectoriais em sede da Direcção Nacional de Políticas do Mar”, protelando a actualização para o final do mês de Outubro, o PAICV quis dar esta conferência de imprensa para mostrar como funciona a lei na questão da definição das tarifas e como deve funcionar o sector.

Lembrando que foi aprovado no parlamento o novo Código Marítimo, neste ano de 2023, João do Carmo socorreu-se do artigo 467º desse código para esclarecer que o regime de preços do transporte marítimo deve ser estabelecido pela entidade com funções de regulação económica para o sector, tendo em consideração os custos de exploração e os princípios de transparência, não discriminação e acessibilidade dos usuários.

“No artigo 467 acima estamos perante uma matéria de exclusiva determinação do Estado, através da entidade que o representa, no caso concreto, da Entidade Reguladora Económica do Sector Marítimo. Nunca em caso algum o preço a ser aplicado para o serviço público de transporte marítimo interilhas deve ser determinado e imposto ao belo querer da concessionária”, afirmou.

Conforme o político, até à data de hoje prevalece a portaria nº 19/2006 de 14 de Agosto que regula o preço a ser praticado para os transportes marítimos interilhas de mercadorias.

“Impensável, num país como Cabo Verde, onde as instituições funcionavam bem, neste sector, que este desgoverno venha a repassar à transportadora o poder de revogar uma portaria e deliberar ela mesma o preço que deve praticar para o transporte de mercadorias no âmbito da prestação de um serviço público”, criticou.

João do Carmo disse que o PAICV durante os seus 15 anos de governação trabalhou para que o sector marítimo tivesse a Agência Marítima e Portuária (AMP) com poderes e independência total para fazer a regulação técnica e económica.

Mas, acrescentou, uma das primeiras medidas do Governo do MpD, em 2016, foi a extinção da AMP para permitir que o Governo passasse a fazer a regulação, porque sabia o que ia fazer depois do concurso internacional dos transportes marítimos, deixando a concessionária fazer o que bem entender deste sector.

“O Governo permitiu que a concessionária tivesse os poderes que tem e fica impávido e sereno assistindo medidas de uma empresa que quer o lucro prejudicando a população caboverdiana, já que ela detém o monopólio”, arrematou o deputado do PAICV.

A Semana com Inforpress

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