“O governo do MpD abandonou as famílias do campo à sua sorte, sem investimento público nas atividades primárias, sem perspetivas do futuro, na medida em que as infraestruturas herdadas, sobretudo no domínio de mobilização de água foram simplesmente ignoradas”, ressaltou esta deputada, que é também presidentre da Comissao Politca Regioal de Santiago Norte e do Conselho Nacional do P
aicv
Carla Carvalho Carvalho apontou que a visão do governo do PAICV para o desenvolvimento do mundo rural, tinha como um dos pontos estratégicos o ordenamento e a valorização das grandes bacias hidrográficas do país através da construção de barragens e obras de correção torrencial.
Conforme destacou, a construção das barragens era um dos pilares dessa visão que permitiria mobilizar a água para irrigação e desenvolvimento da agricultura irrigada, garantir a segurança alimentar, reduzir a pobreza, melhorar e diversificar as atividades agrícolas e pecuária, proteger o ambiente e conservar os solos e, sobretudo dar emprego e rendimento aos homens e mulheres do campo.
“Em 2016, o governo do MpD desprezou os projetos herdados, não apresentou projetos alternativos e o desenvolvimento do mundo rural simplesmente parou”, relembrou.
A deputada afirmou ainda nesta conferência que o governo do MpD não foi capaz de sequer fazer a gestão das águas armazenadas nas barragens. E, passados sete anos, todas as barragens, com excepção de duas, armazenam água. Entretanto, os agricultores estão abandonados à sua própria sorte.
“Veja o exemplo da barragem de Flamengos que tem acumulado água permitindo aos agricultores a possibilidade de terem produção agrícola. Mas, o governo está impávido, ausente e incapaz de realizar obras a montante e a jusante de modo a facilitar que as águas acumuladas sejam utilizadas de modo eficiente”, criticou.
Para o PAICV, governar é uma corrida de estafetas, onde os investimentos são feitos com o dinheiro dos cabo-verdianos para gerar empregos sustentáveis, aumentar o rendimento das famílias, reduzir a pobreza. « E, ao invés de serem abandonados, devem ser valorizados, melhorados e projetados para o benefício de todos», defendeu a dirigente nacional do PAICV.