José Maria Neves fez essa constatação numa mensagem para o Dia da África, durante a sua visita de Estado de três dias que hoje termina ao Luxemburgo, a convite do Grão-Duque Henri e grã-duquesa Maria Teresa.
“África hoje não é um autor relevante na arena internacional, mas pode, se afirmar uma nova liderança, se houver uma participação mais activa da sociedade civil no processo de desenvolvimento e se tivermos uma vontade de realizar o bem comum conseguiremos construir uma África unida, forte, coesa, próspera, moderna e inclusiva, onde todos os africanos possam viver com dignidade”, afirmou.
Para José Maria Neves, a África tem capacidade, no continente e na sua “imensa diáspora”, com talentos, recursos e tudo para que o continente “dê certo”.
O Presidente da República lembrou que a celebração de hoje marca os 60 anos da criação da Organização da Unidade Africana (OUA), hoje União Africana, sendo que nos primeiros 50 anos, em 2013, a África fez um balanço, concluindo que tinha cumprido o essencial dos objectivos da OUA, ou seja, a libertação do continente africano.
“Em 2013 aprovamos a Agenda 2063 para cumprirmos novos objectivos. Espero que nos próximos 40 anos a África possa reerguer-se, possa ter paz e ter estabilidade, possa ter boa governação e sobretudo possa mobilizar todos os seus recursos e coloca-los ao serviço da dignidade dos africanos”, frisou.
Criada em 1963, a OUA foi a primeira instituição continental pós-independência de diversos países africanos. Ela representa a busca de vários povos do continente por união desenvolvimento, democracia e liberdade, contra a colonização europeia.
Na data, 32 Chefes de Estado africanos reuniram-se com líderes de movimentos de libertação do continente, em Adis Abeda, na Etiópia, com o objectivo de incentivar a descolonização em Angola, Moçambique, África do Sul e Rodésia do Sul. Em 26 de Maio, os participantes assinaram uma carta de princípios para melhorar os padrões de vida nos Estados-membros.
A Semana com Inforpress