Entrevistada pelo canal TV News12, Madhu Kumar relatou que não compreendia o que estava a acontecer. "Um entregador chegou com uma caixa, depois veio outro", disse. "Não paravam de chegar, a entrada da casa ficou entupida com grandes cartões. Os emails entravam, a avisar que havia mais mobílias a chegar nos próximos dias".
"Eu tinha de facto preenchido uma lista de compras online, mas ainda não me tinha decidido e não a enviei. Nem eu, nem o meu marido, nem os nossos filhos mais velhos".
Sobrava Ayaansh, de vinte e dois meses. Tinha sido o bebé, habituado a brincar com o telemóvel da mãe, que tinha entrado no site duma empresa e ao encontrar a lista deu o ’clic’ que custou quase 1800 dólares.
O pai, Pramad, disse à WNBC que ao perceber "que aconteceu o que nunca me pareceu ser possível" ainda tentou cancelar as entregas. "Mas não havia nada a fazer, o processo estava em marcha e todos os dias chegavam novos artigos".
Fenómeno da pandemia?
A repórter da WNBC que vistou a família Kumar torna-se testemunha das proezas eletrónicas do bebé. Ayaansh entrou no aplicativo do calendário e fechou-o, buscou os contactos e enviou um email à mãe dela.
Ayaansh é um produto da pandemia, especulam os pais. Põem essa hipótese porque o bebé nascido durante a pandemia fez toda a sua vida de menos de dois anos dentro de casa.
"Só conhece o que se passa dentro de casa e o que chega via internet", avançam. "A família confinada em casa. Teletrabalho. Tele-escola. Compras online". Estas, incluindo as compras secretas.
"Agora estamos a fazer algumas mudanças nos telemóveis. Introduzimos palavras-passe, as compras têm de ser confirmadas e deixa de ser possível o pagamento automático".
Fontes: Washington Post/Economic Times/... Foto: Depois da surpresa, o riso. A família ri-se com a proeza do seu bebé ’shopaholic’ fotografado em cima das compras que fez num clic.