Fazendo, também na capital, o balanço das jornadas parlamentares do MpD, o deputado Jaime Monteiro, quando instado a reagir às declarações da oposição respondeu que o seu partido já está habituado com essa invenção de casos e ocasiões “para justificar esta situação de modo a animar também a malta”.

“Mas o Ministério da Agricultura está a fazer um trabalho meritório para a preparação do novo ano agrícola. Para dar um exemplo, há dias o nosso ministro recebeu o secretário do Estado de Ambiente de Angola onde trocaram experiências e o secretário de Estado aplaudiu o meritório trabalho do Ministério, na pessoa do ministro”, disse.

Jaime Monteiro referiu também que na semana passada houve na ilha do Sal um fórum internacional que foi “um sucesso” ao qual o MpD está também à espera da reacção da oposição.

“Será que vão aplaudir esta iniciativa que teve sucesso?”, questionou, respondendo: “Isto vamos ver para crer”.

Entretanto, o parlamentar avançou que, pelas indicações, há informações de que este ano haverá um bom ano agrícola e que, igualmente, o Ministério da Agricultura está a trabalhar “afincadamente” na prevenção do mau ano agrícola, de modo a prever situações que poderão acontecer.

“Se acontecer qualquer coisa, o Ministério está prontamente disponível para apoiar os agricultores, com sementes, com produtos e na criação de gado”, concluiu.

Ainda hoje, em conferência de imprensa de antevisão da primeira sessão plenária de Julho, na cidade da Praia, a deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) Rosa Rocha disse ser certo que o mundo rural sofreu com a seca, mas tem sofrido, particularmente, por “falta de políticas assertivas e incisivas”, passíveis de dar continuidade às políticas desenvolvidas pelo PAICV até 2016, uma vez que, disse, várias medidas “foram descontinuadas”, daí o resultado que se tem neste momento.

Já a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID-oposição) também considerou hoje, no Mindelo, que o Governo “não tem feito uma aposta séria” na agricultura pois, não obstante a escassez de água, há a possibilidade de captação subterrânea necessitando para tal de investimentos. A Semana com Lusa