Este ponto de vista foi defendido pelo deputado “ventoinha” Jaime Monteiro, na sua intervenção inicial no debate mensal como primeiro-ministro sobre “Diáspora e Desenvolvimento”.
Este parlamentar apontou a melhoria na integração das comunidades cabo-verdianas nos países onde vivem, particularmente em Portugal, São Tomé e Príncipe e Angola por via de uma “diplomacia assertiva” e ainda a duplicação do valor de pensão concedida às comunidades emigradas em situação de vulnerabilidade em São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Senegal, o apoio aos jovens da Diáspora com acesso ao ensino superior, formação profissional e empreendedorismo.
“Não podemos nos esquecer, que neste percurso histórico da diáspora cabo-verdiana, que foi o MpD que teve a vontade política há 30 anos atrás para tornar o cabo-verdiano emigrado cidadão de plenos direitos, com cidadania política que lhe permitiu ser eleito e eleger nas eleições legislativas e presidenciais”, acrescentou.
Este deputado do partido que sustenta o Governo disse ainda que é graças ao MpD que se aprovou nos anos 90 a Lei da Dupla Nacionalidade e da Plurinacionalidade, pondo fim a anos de um “sistema injusto” que privou muitos cabo-verdianos no estrangeiro de direito de serem por Lei cabo-verdianos, pois acredita que estas medidas são vitais para o fortalecimento da democracia cabo-verdiana.
Prosseguindo, Jaime Monteiro mencionou ainda uma nova visão do Governo e uma nova centralidade à diáspora cabo-verdiana, com adopção de políticas mais assertivas para valorizar as potencialidades da diáspora no processo de desenvolvimento de Cabo Verde.
“É através de todos os cabo-verdianos e descendentes que labutam, vivem, amam, estudam, pesquisam, sofrem, vencem em quatro cantos do mundo que o nosso país cresce e desenvolve-se. São os emigrantes que transformam Cabo Verde num país com uma alma enorme”, completou.
O deputado falou ainda sobre o contributo da diáspora, citando os números do relatório de 2022 do Banco de Cabo Verde (BCV), que revela que as remessas monetárias da diáspora cabo-verdiana são um dos mais estáveis fluxos de financiamento externo do país e um dos mais importantes fluxos de financiamento da economia.
“O MpD destaca, com orgulho, todos os cabo-verdianos e descendentes na nossa imensa diáspora, pela sua inteligência, criatividade e irreverência, pelo sucesso da sua integração nas sociedades de acolhimento, pois acreditamos que a excelente integração na vida dos países onde cada um de vós escolheu para viver é a melhor forma de defender os interesses e projectar a imagem e o desenvolvimento de Cabo Verde”, concluiu.
A Semana com Inforpress