Conforme este eleito pela lista do Partido Africano da Independência de Cabo em Santiago Sul, os cabo-verdianos valorizam, no entanto, os grandes ganhos conseguidos em diversas modalidades ( coletivas e individuais), que se devem, fundamentalmente, aos esforços dos atletas e dos seus dirigentes, ficando “o governo na varanda a bater palmas”.
Ainda no início de debate nesta primeira sessão plenária de abril, Manuel Brito salientou que Cabo Verde é um país possuidor de atletas consagrados em diversas modalidades, no país e na diáspora, mas que muitos, principalmente os paraolímpicos, denunciaram falta de competição, falta de apoios e interesse pelo trabalho que têm vindo a desenvolver em nome do país.
“Face estes entraves verificados e que estão a afetar a maioria dos jovens cabo-verdianos, o primeiro-ministro apresentou e presenteou os jovens cabo-verdianos um governo mais gordo da história do país, um governo sem resultados e gastador do dinheiro de todos os cabo-verdianos”, destacou.
Fundamentou que, face à promessa do governo de criar de 45.000 empregos dignos e bem remunerados, esses jovens «têm que se sujeitar às lamurias do primeiro-ministro de que o emprego não cai do céu, que não tem varinha mágica e que uma coisa é a campanha outra coisa é governar».
O deputado do maior partido da oposição lembrou ainda que em 2021 foi aprovado e publicado o decreto-lei nº 115/IX/2021 de 02 de fevereiro, sufragado por unanimidade no Parlamento, que determina a atribuição de pensão aos heróis de 70 (primeiros jogadores que representaram a seleção nacional de Cabo Verde) Mas criticou que muitos deles encontram-se a viver em situação dramática porque o governo de Ulisses Correia e Silva ainda não cumpriu o compromisso firmado.
A outra acusação feita por este deputado é de que o Instituto de Desporto e Juventude ( IDJ) foi transformado, paulatinamente, num espaço de guarida para acolher, de preferência, os vereadores que perderam as eleições autárquicas em 2020, em algumas câmaras hoje, lideradas pelo PAICV, e que passaram a auferir chorudos salários, sem no entanto produzir resultados palpáveis nos domínios da juventude e dos desportos.
“Aliás, tudo foi feito em perfeita sintonia com aquilo que este executivo do MpD, há muito, nos habituou: promessas ilusórias, propaganda enganosa, muita falácia, eterno ‘vamos fazer’ e sem resultados à vista, resultando daí, consequências nefastas para a população, com particular incidência na camada jovem”, realçou.
Diante tudo isto, Brito afirmou que nunca é demais reafirmar que o governo de Ulisses Correia e Silva, de muita propaganda e escasso resultado, tem estado a falhar com todos e em toda a linha: na geração de políticas ativas de emprego, no aumento de bolsas de estudo, na melhoria da ligação inter-ilhas e de Cabo Verde com o exterior, na diminuição das assimetrias regionais e no setor da juventude e do Desporto.
“Sr. Ministro, arrepie o caminho e implemente medidas de políticas que deêm as respostas efetivas às necessidades da juventude cabo-verdiana”, exigiu Manuel Brito.