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Parlamento/Polémica: Denúncias de partidarização da distribuição de arroz doados pela China agitam plenária 10 Novembro 2023

O debate com o ministro da Família e Inclusão Social atingiu, hoje, o seu ponto alto com a problemática da distribuição de arroz doados pela República Popular da China a Cabo Verde. O PAICV acusou o governo de estar a partidarizar a distribuição desta ajuda, com a entrega de «sacos de arroz» em alguns concelhos por dirigentes e militante ferrenhos do MpD.

Parlamento/Polémica: Denúncias de partidarização da distribuição de arroz doados pela China agitam plenária

Esta denuncia foi feita pelo deputado Manuel Brito durante o debate parlamentar, para quem em São Domingos de Santiago, seu concelho, «dirigentes e militantes ferrenhos do MpD vem distribuindo sacos de arroz» a famílias carenciadas. Criticou que o Governo não entregou o produto à Câmara de São Domingos, ao contrário do que disse o ministro Fernando Elísio Freire e deputados do MpD.

A parlamentar Carla Carvalho, que fez o discurso de abertura em nome da bancada da oposição(ver ste jornal), foi, no entanto, mais longe. Precisou que uma vereadora do MpD na Câmara da Praia, que vem votando contra todas as medidas e projetos para Capital, vem distribuindo, através da Associação Morabi, o arroz doado pela China no Município da Praia. Carla criticou também que enquanto a Câmara da Praia recebeu 500 sacos de arroz, a Morabi foi contemplada com 800 sacos do mesmo género alimentar. Questionou porque essa grande desproporcionalidade em termos de quantidade fixada do mesmo produto entre as duas entidades.

O ministro da Família e Inclusão Social (ver este jornal) reagiu a essas críticas e esclareceu que a distribuição do arroz oferecido pela China foi feita com base numa resolução do Conselho de Ministros, que definiu quem devia proceder a distribuição do mesmo à população. Precisou as Igrejas e as diferentes organizações da sociedade civil encarregues paral, bem como das respetivas quantidades alocadas a cada uma delas.

Vários parlamentares do MpD também reagiram às denúncias, realçando sobretudo «a diferença entre o PAICV e o MpD», lembrando do alegado uso das «associações camaradas» na distribuição dos donativos internacionais a Cabo Verde.

Já António Monteiro da UCID realçou, entre outros aspetos, que o facto da distribuição de «sacos de arroz» estar a provocar tanta polémica, ilustra e bem a grave situação económica e social que se vive neste momento em Cabo Verde, pondo foco sobretudo na pobreza extrema reinante em todo o país.

Doação e alerta do Pesidente da AN

Mesmo no calor dos debates, o presidente da Assembleia chamou atenção dos deputados para a moderação e pedagogia nas suas intervenções, lembrando-os que, além da população, a comunidade internacional vem seguindo os debates sobre a utilização que se vem dando às ajudas internacionais a Cabo Verde.

De salientar que, segundo a página oficial do Governo, na sequência da aprovação, em maio de 2022, de um conjunto de medidas mitigadoras dos impactos da escalada de preços dos alimentos e dos combustíveis, e visando uma maior resiliência do sistema alimentar no país, o Governo de Cabo verde decidiu solicitar aos seus parceiros de desenvolvimento uma ajuda alimentar de emergência para apoio às famílias mais vulneráveis. «A República Popular da China respondeu positivamente, disponibilizando (em setembro de 2023) mil e quarenta e duas (1.042) toneladas de arroz para o reforço e abastecimento dos produtos alimentares de primeira necessidade – PAPN», conclui a fonte referida. Foto: Arquivo do jornal/ A Nação (pessoas a receber arroz na sede da Morabi em Terra Branca)

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