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Percevejos de Paris a Londres — "Medo de ir dormir" 09 Outubro 2023

Praga traumática dos percevejos — minúsculos parasitas que se nutrem de sangue humano durante a noite. Está no noticiário europeu “a experiência traumática” que parisienses e agora londrinos vivem – como sucede há milénios à humanidade que passou da natureza ao aconchego das cavernas, segundo a obra ‘De Re Natura’ que os classificou como ’cimex lectularius’. A novidade são a partilha de fotos e vídeos captados em alojamentos, restaurantes, cinemas, transportes públicos, em especial nos metros de Paris e Londres bisseculares.

Percevejos de Paris a Londres —

Pessoas em Paris e Londres contam a sua experiência traumática de noites sem dormir, os corpos intumescidos pelas picadas destes parasitas que vivem do sangue humano. Queixam-se dos químicos que não resultam.

Este domingo o diário londrino The Times dedica uma reportagem a este surto em "Paris que já teve infestações no passado" e aponta o incremento de viagens internacionais como o culpado principal.

Harry Robertson, ouvido pela Euronews, diz: "Quando se partilha um apartamento em Londres, o quarto é como o nosso oásis de tranquilidade. Mas depois passei a ter medo de lá estar, porque metia-me na cama e começava a coçar-me".

Essa sua experiência traumática dos percevejos — minúsculos parasitas que se nutrem de sangue humano durante a noite – inclui a lembrança da roupa perdida: "Deitei fora a roupa de cama. Mas depois voltava a ver pequenas manchas de sangue. E quando acabava por adormecer, dormia duas a três e acordava no dia seguinte todo mordido".

Mais de 1 em cada 10 lares tem infestação

A Anses, a autoridade francesa da Alimentação, Saúde e Segurança Ambien-tais e Ocupacionais, publicou um relatório este julho em que refere que entre 2017 e 2022, mais de um em dez lares em França tiveram uma infestação de percevejos.

Químicos que não resultam

Quem testemunha aponta os químicos que não resultam. A solução química (uma, o DDT) era cara, pouco eficaz. Havia que recorrer a outro método – pela saúde e pela sobrevivência económica.

A ineficácia da solução química descobriram-no, há cinquenta anos, os donos duma pensão em Lisboa, onde as inspeções eram constantes, as autoridades chegavam,
levantavam-se os colchões a mostrar que não havia, era a ‘badia’ Judite (nomin), de olhos e cabelos de mel, furibunda.

Os químicos ka ta da ka ta da, havia que recorrer a outro método – pela saúde e pela sobrevivência económica — e nessa pensão cabo-verdiana, passou-se a fazer fumigações periódicas, a água quente passou a ser frequente na limpeza de estofos, carpetes e tapetes, leitos.

Por tentativa e erro, nessa pensão cabo-verdiana, passou-se a fazer fumigações periódicas, a água quente passou a ser frequente na limpeza de estofos, carpetes e tapetes, leitos.

A roupa suspeita não era deitada fora, como aparece nos testemunhos atuais em que a roupa é muito mais barata. A roupa era cara — algodões pesados comprados nos armazéns e costurados em casa – e se suspeita ia para a máquina de lavar a altas temperaturas e depois de novo examinada. Uma dona de casa tornada hospedeira num processo de adaptação Uma dona de casa tornada hospedeira num processo de adaptação (socioeconómica, requerida por essa Lisboa centro ainda dum império em desmoronamento nessa pré-Revolução).

Examinações frequentes, fumigações periódicas, a água quente, a máquina de lavar a alta temperatura: deram resultados, num trabalho que era minucioso e lento, como os biólogos hoje recomendam.

Biólogo: "os britânicos acham-se superiores"

O biólogo molecular David Cain, ouvido pela Euronews, afirma que os percevejos já passaram de Paris para Londres.

"Uma pessoa que tinha percevejos há cerca de uma semana tinha viajado no Eurostar uma semana antes. Já tínhamos traçado esse percurso mais que provável. O problema é: os britânicos acham-se superiores e não querem falar de percevejos. Há estatísticas que dizem que uma casa em dez em Paris foi infestada nos últimos dois anos. Eu diria que em Londres é provável ser uma casa em cinco, nos últimos quatro ou cinco anos", declarou o biólogo britânico ao online oficial da União Europeia.

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