"A descoberta do Montevideo Maru encerra o capítulo mais trágico da história militar e marítima da Austrália", afirmou John Mullen, o diretor da ’Silentworld Foundation/Fundação do Mundo do Silêncio’, dedicada à arqueologia oceânica.
Por mais de oitenta anos perdurou o mistério da localização do navio japonês de passageiros torpedeado pelo submarino USS Sturgeon, quando transportava prisioneiros de guerra e civis capturados na tomada de Rabaul, ilha do arquipélago de Papua-Nova Guiné.
Segundo a literatura histórica, pessoas de catorze nacionalidades pereceram no que é considerado o pior desastre marítimo da Austrália. 979 das pessoas a bordo eram australianas e as demais 75 eram nacionais de pelo menos mais treze países: Dinamarca, Escócia, EUA, Estónia, Finlândia, Holanda, Ilhas Solomão, Inglaterra, Japão, Irlanda, Noruega, Nova Zelândia, Suécia.
Em 2012, o governo japonês entregou ao governo australiano o Manifesto de Montevideo Maru, com os nomes de todos os nacionais australianos a bordo.
A tradução foi depois publicada em junho desse ano, a confirmar um total de 1.054 australianos, dos quais 845 eram prisioneiros de guerra do batalhão Lark Force.
Sítio do naufrágio será preservado
No site do governo australiano, lê-se que "o sítio do naufrágio do Montevideo Maru, encontrado a uma profundidade ainda maior que a do Titanic, será preservado. Nenhum artefacto ou despojos humanos serão removidos. O local será objeto de registos para fins de pesquisa científica, por forma a respeitar as famílias das vítimas".
Fontes: Japan Times/BBC/ABC.au/Times of India/NY Times/DW.de/... Fotos: O navio em 1941, meses antes de ser afundado no mar da Indonésia pela Marinha dos Estados Unidos. Equipa da ’Silentworld Foundation’, ao centro Jaqui e John Mullen, diretores da empresa de arqueologia oceânica.