O porta-voz, Orlando Mudumane, citado hoje pelo jornal Notícias, afirmou que a província de Nampula, norte de Moçambique, regista o maior número de ilícitos eleitorais, com dez, seguindo-se Sofala, centro, com três, e Niassa, com dois.
Os remanescentes três casos distribuem-se por outras províncias, com um caso, cada, acrescentou.
O porta-voz do Comando da PRM assinalou que a corporação registou “algumas ações de perturbação da ordem pública”, como “movimentação de pessoas fora dos respetivos círculos eleitorais com o propósito de se recensearem e agressões mútuas entre os representantes dos partidos políticos”.
A polícia também tomou nota de episódios de uso de documentos falsos para o recenseamento eleitoral e tentativa de paralisação do processo, avançou.
Orlando Mudumane defendeu que a polícia se tem pautado por uma postura de neutralidade política, imparcialidade e tratamento igual dos cidadãos, durante o processo.
Apesar dos ilícitos registados, Mudumane considerou que o registo de votantes para as eleições autárquicas decorre “num ambiente de tranquilidade”
Na quinta-feira, a plataforma de observação eleitoral moçambicana Sala da Paz reportou incidentes que podem comprometer o recenseamento para o escrutínio.
Em comunicado, a Sala da Paz elenca “relatos sobre o registo clandestino de eleitores”, “suposta venda de cartões de eleitor”, “queixas sobre avarias e lentidão das máquinas de registo”, “movimentação não justificada de membros das brigadas de recenseamento” e “agressões a fiscais dos partidos políticos, durante os primeiros dias da operação.
Na quarta-feira, o consórcio eleitoral Mais Integridade, uma iniciativa de observação de sete organizações não-governamentais moçambicanas, reportou casos localizados de violência nos primeiros sete dias de recenseamento.
O registo de votantes prevê a inscrição de quase 10 milhões de eleitores e termina em 03 de junho.
A Semana com Lusa