O presidente da Associação dos Agricultores de Alto Mira, Idarlino Fortes, confirmou à Inforpress que, nesta altura do ano, em que o tempo fica mais quente, os lavradores começam a enfrentar a escassez de água, já que as nascentes começam a diminuir o caudal.
Esta situação, avançou o líder dos agricultores, é sentida, sobretudo, no terceiro povoado de Alto Mira, onde os lavradores têm estado a reivindicar a prospecção de água subterrânea, mais precisamente a abertura de um furo, para atenuar o défice de água para agricultura nessa zona.
Em Alto Mira, a água destinada à agricultura provém de nascentes que, devido à seca, tem vindo a diminuir o caudal para a preocupação dos agricultores.
Também, Ribeira das Patas, outro vale agrícola no Porto Novo, está a ser afectada pela seca e, por isso, “a escassez de água para agricultura é evidente” nesta bacia hidrográfica, avisou a associação para o desenvolvimento integrado desta localidade.
O próprio Ministério da Agricultura e Ambiente já admitiu que o caudal das nascentes na Ribeira das Patas tem vindo a reduzir com impacto na actividade agrícola neste que é o maior vale agrícola da ilha de Santo Antão.
A falta de água para a agricultura por que passa Ribeira das Patas está equacionada no quadro do projecto de ordenamento desta bacia hidrográfica, que deverá começar a ser implementado ainda este ano, no âmbito de uma parceria entre o Ministério da Agricultura e Ambiente e o Fundo das Nações Unidas da Agricultura e Ambiente (FAO).
O projecto aposta, essencialmente, na mobilização de água subterrânea.
Porto Novo vai ser contemplado com um programa de perfuração, que consiste na execução de dez furos. A Semana com Infrpress