O comité comunitário do Parque Natural de Tope de Coroa, que se situa no Planalto Norte, é formado por 17 pessoas representantes das oito comunidades usuárias da área protegida, criada em 2003.
Esta iniciativa promovida pela Associação do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Terrimar), “visa contribuir para a divulgação do maior parque natural terrestre de Cabo Verde, e apoiar iniciativas com enfoque no efectivo funcionamento desta área protegida.
A criação do comité comunitário do parque natural Tope de Coroa insere-se no âmbito do projecto sobre a conservação de espécies endémicas ameaçadas nesse parque, com uma extensão de mais de 84 quilómetros.
A edilidade porto-novense e a Terrimar assinaram, em Agosto, um protocolo de parceria com vista à preservação das plantas endémicas ameaçadas no Parque Natural de Topo de Coroa.
O protocolo visa potenciar o conhecimento dos criadores de gado sobre técnicas de confinamento, visando a implementação de medidas de restauração sobre o “habitat” das espécies vegetais endémicas ameaçadas da referida área protegida.
A Câmara Municipal do Porto Novo vai ainda apoiar a Terrimar no fornecimento de água ao projecto, através dos camiões autotanques, durante o período de implementação do projecto.
No âmbito dos programas anuais do Ministério da Agricultura e Ambiente, financiados através do Fundo do Ambiente, as associações comunitárias do Planalto Norte têm estado também a promover acções visando a preservação do Parque Natural de Tope de Coroa.
As intervenções no Parque Natural de Tope de Coroa, que já ultrapassaram nos últimos anos os três mil contos, incidiram sobretudo na construção do muro de protecção da área protegida e na produção de plantas para a reflorestação.
Este parque natural dispõe de 61 por cento (%) de espécies endémicas de plantas típicas em Cabo Verde, muitos dos quais na lista de espécies em vias de extinção, devido ao pastoreio livre.
A Semana com Inforpress