A propósito da notícia avançada pela Inforpress de que o processo de certificação do queijo está em fase de estagnação, o IGQPI esclareceu que esta cooperativa chegou, em 2021, a se candidatar ao programa de assistência técnica” desencadeado por este instituto, o qual foi finalizado em meados de 2022.
Contudo, não submeteu o pedido formal de certificação em boas práticas de fabrico (BPF) e análise de perigos e pontos críticos de controlo (HACCP), informou o IGQPI.
Em Agosto de 2021, no âmbito do projecto WACOMP Cabo Verde (Programa da Competitividade para a África Ocidental), financiado pela União Europeia e executado pela ONUDI (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial) e pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), o IGQPI, em articulação com os seus parceiros técnicos, desenvolveu o projecto piloto de certificação em BPF e HACCP.
Liderou também o processo de assistência técnica junto das unidades de fabrico de queijo em Santo Antão, São Vicente, Santiago, Maio e Fogo e também nos estabelecimentos de restauração e similares nas ilhas de São Vicente e Santiago, através da contratação de consultores externos, visando o apoio técnico às empresas seleccionadas, para implementação dos requisitos exigidos e preparação para a certificação em BPF e HACCP.
A cooperativa dos resistentes do Planalto Norte, que integra os produtores do queijo dessa localidade, se candidatou ao programa de assistência técnica, mas não fez o pedido formal de certificação em BPF e HACCP, explicou a mesma fonte.
“Neste momento, para as unidades de fabrico de queijo, o IGQPI está apenas em condições para a certificação em BPF ou HACCP e não dispõe de um programa que permite a certificação de queijo enquanto produto”, esclarece o IGQPI, segundo o qual não procede à certificação “quando ou para o qual não tenha sido desenvolvido o esquema de certificação ou não existam requisitos de produto, processo e/ou serviço definidos”.
Os produtores do queijo do Planalto Norte lamentaram, recentemente, que o processo de certificação do produto, iniciado em 2021, esteja, nesta altura, em fase de estagnação, informando que foi já concluída a unidade de fabrico do queijo em Chã de Feijoal, que era uma das exigências para se conseguir a reconhecimento.
“O IGQPI apenas efectua a certificação quando ou para o qual tenha sido desenvolvido o respectivo esquema de certificação ou existam requisitos de produto, processo e/ou serviço definidos”, explicou ainda esta instituição, que actua como organismo nacional de certificação de produtos, processos e/ou serviços.
Elucidou ainda que a certificação é suportada em requisitos relacionados directamente com o produto, processo e/ou serviço e que normalmente estão especificados em documentos normativos, tais como normas, regulamentos e especificações técnicas.
A Semana com Inforpress