Antónia Almeida, morada em Catano, disse à Inforpress que ouviram ao longo de toda noite “barulho intenso” provocado pela queda de pedras e deslizamento de terra, facto que criou “algum alvoroço” no seio das pessoas.
A porta-voz da população avançou que nas últimas horas a queda de pedras tem-se intensificado em Catano, facto que tem condicionado a vida dos moradores, sobretudo a nível do abastecimento de água.
“Mesmo que as autoridades tenham tranquilizado as pessoas, nota-se muita preocupação no seio da população, já que a queda de pedras está a intensificar-se desde ontem à noite”, avançou a mesma fonte, informando que as pedras estão a cair junto à nascente que abastece o fontanário.
Recordou que no dia 23 completam-se dois meses em que os habitantes em Catano têm estado a viver, diariamente, com o barulho resultante da queda de pedras e do deslizamento de terras.
António Lima, 80 anos, disse que se trata da primeira vez em que assiste a “uma situação destas” que está “a desassossegar as pessoas” em Catano.
A Câmara Municipal do Porto Novo reforçou na quarta-feira, 15, o pedido de tranquilidade à população em Catano e apelou às pessoas a evitarem a aproximação do local.
Uma equipa integrada pela comandante regional do Serviço Nacional da Proteção Civil (SNPC), um vulcanólogo e dois bombeiros voluntários do Porto Novo esteve, terça-feira, na Ribeira das Patas e garantiu que “o que está a acontecer é que um pedaço de rocha esta a cair por causa da erosão”.
A comandante da Região Norte do Serviço Nacional da Protecção Civil, Vitória Veríssimo, informou que “não é fumo que está a sair do local e não é nenhuma actividade sísmica”, mas sim rochas que estão a cair por causa da erosão, reconhecendo, porém, que existe a preocupação com a segurança das pessoas, designadamente dos agricultores, que frequentam a encosta.
A Semana com Inforpress