De acordo com um comunicado, o porto angolano está a testar o desenvolvimento de um sistema de Janela Única Marítima (Maritime Single Window, MSW) para permitir a submissão electrónica, através de um portal ‘online’ único, de toda a informação requerida por agências governamentais quando um navio faz escala no porto.
A experiência faz parte do projeto "Janela Única para a Facilitação do Comércio (SWiFT)" da OMI-Singapura e servirá de "modelo para mais portos em África no futuro", revelou a OMI.
“A Janela Única Marítima do porto do Lobito está, por enquanto, nas suas fases iniciais de desenvolvimento. Os protótipos estão a ser desenvolvidos” e só poderá entrar em funcionamento após a formação de recursos humanos, acrescentou.
Uma delegação da OMI visitou o local no final de janeiro e também o porto de Luanda, tendo realizado reuniões na capital angolana com representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, Transportes, Indústria e Comércio e da Agência Marítima Nacional.
A delegação ouviu dos responsáveis a “determinação em acelerar o projeto para assegurar a sua conclusão a tempo”, em julho de 2023.
O projecto SWiFT foi estabelecido para apoiar portos de média dimensão a fim de satisfazer os requisitos da Convenção de Facilitação (FAL), iniciativa que pretende acelerar a digitalização da navegação marítima, e que entrará em funcionamento no próximo ano.
A partir 01 de janeiro, portos em todo o mundo deverão estar preparados para a troca de dados através de uma "Janela Única”, onde vão concentrar informação sobre a chegada, permanência e partida de barcos.
O porto do Lobito situa-se na província de Benguela, a sul de Luanda, na costa atlântica.
Em janeiro, os ministros dos Transportes de Angola, República Democrática do Congo (RDCongo) e Zâmbia assinaram um acordo para a criação da Agência de Facilitação do Transporte de Trânsito do Corredor do Lobito, com o objetivo de melhorar o transporte ferroviário de mercadorias.
O corredor do Lobito estende-se desde o porto do Lobito, banhado pelo Atlântico, e atravessa Angola de oeste a este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, abrangendo as áreas de mineração da província congolesa de Catanga e Copperbelt, da Zâmbia.
O corredor do Lobito apresenta uma rota estratégica alternativa para os mercados de exportação da Zâmbia e da RDCongo e oferece a rota mais curta entre as principais regiões mineiras destes dois países ao mar. A Semana com Lusa