O barco pesqueiro ‘Letícia Clara’ saiu à meia-noite da Nazaré para a faina habitual, nessa região central até à Figueira da Foz.
Por se tratar de uma embarcação de tamanho inferior a 14 metros, a lei tolera a dispensa de GPS e outros meios de geolocalização. O contacto com o armador fazia-se por telefone.
O seu último contacto com terra foi às oito da manhã. À tarde, o armador alertou as autoridades e o Comando de Lisboa deu início às buscas através dum helicóptero da Força Aérea e drone.
Pela mesma hora, o mestre do ‘Letícia Clara’ conseguiu chegar à praia de Pedrógão, a meio caminho entre o ponto de embarque e o destino na Figueira da Foz.
A expectativa de que ele pudesse dar informações, gorou-se. Segundo o comandante da região marítima disse em conferência de imprensa, "ele está muito confuso, fala incoerentemente".
Este sábado, finalmente encontraram destroços do ‘Letícia Clara’ em alto mar, ao largo de Leiria (a meio percurso na linha no mapa). Mas sem qualquer rasto de três dos quatro tripulantes – dois indonésios e um marroquino.
Este domingo, noticia-se que o mestre do ‘Letícia Clara’ ainda hospitalizado continua sem poder esclarecer sobre o que terá acontecido.
Mau tempo
A busca no mar mobilizou durante estes três dias os meios — embarcações de salvamento, um drone — de que dispõem os portos da Nazaré, Leiria e Figueira da Foz, bem como um helicóptero da Força Aérea.
Mas este domingo à tarde, o tempo piorou e determinou o fim da missão de busca no mar.
Vão continuar as buscas por terra, segundo informou a capitania da Nazaré. Os meios desmobilizados "poderão voltar a operar se as condições assim permitirem", disse o capitão do porto da Nazaré.
Fontes: SIC/Lusa/JN.pt. Fotos: Em pouco mais de meio século a Nazaré, paragem obrigatória na rota turística do santuário de Fátima no Centro de Portugal, tornou-se também destino balnear e hotspot dos desportos radicais.