O artista natural da ilha de Santo Antão, nascido em 1973, e que aos 07 anos emigrou com os pais para o Luxemburgo, disse que a “vida artística tem sido positiva”, porque no país onde vive, a arte, em geral, é “muito apoiada”, sem esquecer o suporte que recebe da câmara municipal da localidade onde reside.
“Aqui é muito fácil expor os meus trabalhos, mostrar as minhas obras e tenho tido sorte, porque recebo muitos convites de escolas primárias e liceus para atelier de cultura”, contou, lembrando que há já também dois anos que colabora com Festival Sete Sóis Sete Luas, onde tem tido a possibilidade de expor na Itália, Portugal e Cabo Verde.
É no âmbito desse festival que Nelson Neves viaja para Cabo Verde no mês de Novembro, em que na ilha de Santo Antão vai expor as suas obras e durante a sua estadia vai ministrar um ateliê de pintura.
“Depois, a coleção das minhas obras vai viajar de Santo Antão para as ilhas do Maio, Fogo e Brava”, indicou, explicando que ele é conhecido com um artista plástico que cria obras com pituras abstratos e figurativas, sendo que a sua inspiração são as vivências no Grão-Ducado do Luxemburgo e Cabo Verde.
O caboverdiano explicou que pinta tanto a natureza, como mar, pescador, mas também peixeiras, porque gosta de “valorizar a mulher caboverdiana, lutadora, que às vezes sem pai, criam os filhos, lutam e conseguem enviar os filhos para a escola”, o que faz com que ele tenha esse “carinho especial” para elas.
Com uma “ligação com Cabo Verde muito forte”, Nelson Neves frisou que viaja para Cabo Verde entre dois a quatro vezes por ano, para implementar projetos artísticos, mas também sociais, beneficiando sobretudo as crianças.
A primeira exposição de pintura de Nelson Neves foi realizada em Setembro de 2001, em Rodange, Luxemburgo, enquadrada na Semana Cultural de Cabo Verde, e de lá até hoje houve vários convites para participar em exposições nesse país europeu e não só.
Ao longo da sua carreira participou em dezenas de exposições individuais e em grupo no Luxemburgo, França, Bélgica, Itália e Cabo Verde.
A Semana com Inforpress