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Portugal-Caso triatleta Luís Grilo: Condenados ex-inspetor da PJ e advogada de Rosa por plantarem provas 10 Novembro 2023

O tribunal condenou hoje Tânia Reis a seis meses de pena suspensa e João de Sousa a um ano de prisão efetiva por terem forjado provas na casa onde ocorreu o homicídio do triatleta e pelo qual Rosa Grilo foi condenada a 25 anos de prisão. Para o Tribunal de Vila Franca ficou claro que a advogada e o consultor forense e ex-inspetor "queriam criar dúvidas na investigação para beneficiar Rosa Grilo", cliente de ambos.

A condenação da advogada e do perito forense reincidente no crime — o ex-inspetor da PJ foi afastado após cumprir pena de prisão (por corrupção ao serviço de um esquema de fraude fiscal associado ao negócio do ouro) — ocorre cinco meses depois que a homicida Rosa Grilo foi levada de Tires para depor no julgamento da dupla que contratou para a sua defesa.

Como testemunha, Rosa Grilo — a cumprir a pena máxima na cadeia de Tires, pelo conjugicídio ocorrido em julho de 2018 — depôs no Tribunal de Vila Franca de Xira e acabou por descrever os atos que levaram ao homicídio e a forma como tentou esconder o corpo.

Rosa trama Tânia. O depoimento da homicida viúva do triatleta Luís Grilo contém factos incriminatórios que tramam a sua advogada e amiga de longa data. Por exemplo, que foi Tânia Reis a sugerir que Rosa mentisse — até porque o arguido, segundo Tânia (lhe disse) pode mentir sem ser penalizado, ao contrário de quem é testemunha, que jura dizer só a verdade.

Outros factos que incriminam a advogada e outro elemento da defesa de Rosa são os relativos às "provas plantadas" — na casa de banho e quarto onde ela disparou dois tiros, um no colchão e outro fatal na cabeça de Luís— para enganar a investigação da PJ.

A confissão da viúva Rosa parece ilibar o amante, António Joaquim — a cumprir pena de 24 anos —, porque disse que embora a arma fosse dele, foi ela quem a levou da casa dele sem ele saber.

Segundo o relato da viúva homicida, vários dias depois de consumado o crime — e depois de deixar o corpo do marido escondido na garagem e com a lenha a tapá-lo — ela dirigiu-se à casa de António para devolver a arma, também sem conhecimento dele.

Buscas pelo triatleta Grilo

Segundo Rosa confessou em tribunal, foi ela sozinha que levou o corpo do marido e a bicicleta para uma carrinha. Depois de ter guiado da sua casa em Coelheiras até aos confins do Alentejo, deixou "tudo" num local do trajeto de treino dele.

De regresso, e após limpar tudo e pôr silicone na banheira para tapar o buraco feito pelo disparo da arma, avisou familiares e amigos e registou o desaparecimento junto da GNR-Guarda Nacional Republicana.

A busca envolveu centenas de pessoas entre operacionais, amigos, familiares.

Fontes: TVI/SIC/DN.pt. Relacionado: Portugal: Viúva de triatleta Luís Grilo assume pela 1ª vez conjugicídio, iliba amante e trama amiga advogada, 03.jun.023. Fotos: João de Sousa condenado a um ano de prisão efetiva. Tânia Reis condenada a seis meses de pena suspensa será decerto sancionada pela Ordem dos Advogados.

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