Em declarações à Inforpress, Zezinha Alfama explicou que a vinda a Portugal dos 47 escuteiros, assim como mais de dez assistentes espirituais que são também dirigentes escutista, não só foi para participar na JMJ Lisboa 2023, que decorreu de 01 a 06 de Agosto, mas também para o “Jamboree de fé”.
“Tinha como a nossa grande missão de participa nessa jornada, mas participar também em um grande momento, que o assistente da Conferência Internacional de Escutismo Católico, referiu a este evento como o “Jamboree de fé”. Um grande momento de reforço de laço de amizade e fraternidade que aconteceu no dia 02 de Agosto, no Parque da Quinta das Conchas”, contou.
De acordo com a responsável cabo-verdiana, o evento contou com centenas de escuteiros do mundo inteiro e uma oportunidade para que os escuteiros de Cabo Verde pudessem mostrar toda a vivência do cabo-verdiano, partilhar canções, alegria e a forma de ser e de estar do povo das ilhas.
“Esta participação na “Jamboree da fé” foi um bom momento para promovermos o nosso País que tem também um escutismo católico com grande pujança, com mais de 3.000 escuteiros. Foi um momento de muita alegria que marcou a nossa participação nessa jornada”, frisou, aproveitando para felicitar o Corpo de Escuta de Portugal que completou 100 anos e que os convidou para o encontro.
Da mesma forma, Zezinha Alfama considerou que a participação na JMJ foi “muito bom” também pela participação “muito activa” dos escuteiros cabo-verdianos, inclusive prestando serviço no altar, não só como leitor, mas também no apoio à distribuição da sagrada comunhão.
“O trabalho dos escuteiros é discreto, onde estávamos, participamos em actos de acolhimento, higienização de lugares, ou seja, dar toda a colaboração que é próprio de escuteiros de ajudar, e viemos preparados fisicamente, tecnicamente e espiritualmente e vamos muito mais ricos para Cabo Verde”, assegurou.
Entretanto, explicou que o processo de participação dos elementos do Corpo de Escutismo Católico Cabo-verdiano na JMJ foi feito pelos escuteiros através das suas paróquias ou dioceses, uma opção que mostra que queriam viver esse “grande momento junto com a Igreja”.
“É preciso partilhar, porque é o testemunho que arrasta. Mais de que palavras, é partilha de vivências que faz o outro acreditar através daquilo que nós somos e que vale a pena estar com Jesus e estar com a nossa mãe Maria Santíssima”, disse, indicando que o regresso a Cabo Verde vai acontecer a partir do dia 08 de Agosto, de acordo com cada paróquia.
Para esta terça-feira, os elementos da Paróquia da Imaculada Conceição, de Achadinha, na sua maioria escuteiros e o assistente, o padre Cezano Sequeira, vão estar num encontro no jardim da Gulbenkian, em Lisboa, a partir das 10:00, onde vão partilhar e combinar “como fazer passar toda essa alegria junto da comunidade em Cabo Verde” quando regressarem.
A JMJ decorreu em Lisboa, Loures, Fátima e Oeiras com a presença do Papa Francisco e contou com a participação de cerca de 1,5 milhões de pessoas nos vários eventos que decorreram no Parque Eduardo VII, na zona de Belém e no Parque Tejo, segundo a organização.
A jornada, cuja próxima edição decorrerá em 2027 em Seul, é considerada o maior acontecimento da Igreja Católica.
A Semana com Inforpress