As eleições diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro — em simultâneo com a eleição de delegados — e o congresso está previsto para 06 e 07 de janeiro.
Com a opção pela marcação de eleições diretas para a liderança dos socialistas fica afastada a ideia do ex-ministro Pedro Nuno Santos —de realização de eleições primárias abertas também a simpatizantes para a escolha do próximo SG e candidato a primeiro-ministro.
O atual ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro e o ex-ministro e atual deputado socialista Pedro Nuno Santos formalizaram-se candidatos a secretário-geral do Partido Socialista.
A candidatura de Pedro Nuno Santos erguia-se forte ante o menos carismático ministro da Administração Interna de quem se chegou a dizer: "José Luís Carneiro não é o homem que o partido prefere".
Foi então que se organizou o encontro de Cantanhede (perto de Coimbra), com as presenças de cerca de três dezenas de "destacados militantes", entre os quais o presidente da Sedes, Álvaro Beleza, e o ex-secretário de Estado Jorge Seguro Sanches.
De acordo com um dos promotores do encontro, teve-se em vista "evitar precipitações", encontrar uma posição comum entre os elementos desta ala e, ainda, se possível, que haja um candidato de unidade a secretário-geral, tendo em vista os próximos processos eleitorais internos no PS.
António José Seguro
Pelo meio houve a ponderação de António José Seguro, o secretário-geral derrotado por Costa em 2015.
O primeiro terceiro candidato estava a ponderar, ia "tomar uma posição política sobre a situação do país e do partido, não colocando de parte uma candidatura" quando o núcleo-duro da "continuidade" costista cerrou fileiras.
Daniel Adrião volta a ser o opositor como o foi nas eleições diretas internas de 2016, 2018 e 2021. Ele que, este sábado emerge como o terceiro candidato, de novo opositor à "continidade" do "costismo".