O ex-bastonário Germano Couto escreve: "Estamos a preparar-nos [para] que, para alguns poderem manter o seu direito de voto, todos estejam suscetíveis de ser infetados".
O enfermeiro de formação e atual professor universitário alinha pelo mesmo diapasão da Associação dos Médicos de Saúde Pública, contra a descredibilização do seu trabalho.
"Andamos a educar e a consciencializar a sociedade e, por uma questão que só pode ser populista, contrari[a]mos o que anda a ser dito há dois anos".
Por isso, o enfermeiro Germano Couto tem, perante uma eventual suspensão de isolamento, já uma decisão bem definida: "Eu, que voto todos os anos, se acontecer não vou votar".
Medidas discriminatórias
O bastonário de 2012-15 entende que "[s]erá pouco agradável e muito menos [ainda] confortável vermos "pessoas em isolamento" e "pessoas livres" em filas e salas diferentes, com rótulos e discriminações" a definir uns e outros".
O voto ao domicílio poderá ser uma solução, desde que "garantida a confidencialidade do voto e a segurança do escrutinador".
Fontes: JN.pt/...Relacionado: Briga pela vacina anti-Covid — "Gorda fura-filas, já tem a sua dose no papinho. Malvada a hora que nasci magra", diz bastonária sobre autarca vacinada sem ser prioritária, 04.fev.021. Foto (Global Imagens): Germano Couto, ex-bastonário da Ordem dos Enfermeiros. A sua sucessora, Ana Rita Cavaco, com quem entrou em rota de colisão desde 2018.