"Obviamente, apresentei a minha demissão ao senhor Presidente da República", declarou segundo a Lusa.
A comunicação ao país de António Costa, a partir da residência oficial do primeiro-ministro, acontece também na sequência de buscas em São Bento, visando o seu chefe de gabinete, Vítor Escária, e membros do seu Governo.
António Costa apresentou a demissão ao fim de quase oito anos em funções como primeiro-ministro, cargo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015 pelo então Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
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Segundo a CNN Portugal, o Ministério Público realizou buscas na residência oficial do primeiro-ministro e em ministérios. Costa reuniu-se duas vezes com Marcelo, que convocou o Conselho de Estado. Entre os detidos estão Lacerda Machado, que se apresenta publicamente como amigo de Costa, e o chefe de gabinete do próprio primeiro-ministro, Vítor Escária.
Demissão de Costa foi aceite por Marcelo
"A minha demissão foi aceite pelo Presidente da República", garantiu António Costa. "Por ventura quererá ponderar a partir de que data produz efeitos a minha demissão", acrescenta a CNN.
Costa acrescentou que "uma das grandes qualidades da nossa democracia é os cidadãos saberem que ninguém está acima da lei e que ninguém se pode intrometer na aplicação da lei". "Seja um autarca, seja um ministro ou um primeiro-ministro".
"Não é hoje que entendo que é uma menos valia da democracia", destacou.
"Não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro", destaca Costa
"Não me vou recandidatar ao cargo de primeiro-ministro", destaca Costa, sublinhando que é necessário aguardar o tempo da Justiça. "Como nós todos sabemos, os processos-crime raramente são rápidos e, portanto, não ficaria seguramente a aguardar a conclusão do processo-crime para tirar outro tipo de ilação", refere a fonte referida.
Costa agradece ao País e sublinha "saudável solidariedade institucional" com Marcelo
António Costa confirma que apresentou a demissão ao Presidente da República. "Permitem-me agradecer em primeiro lugar aos portugueses, pela confiança que em mim depositaram ao longo dos últimos anos".
Entre os agradecimentos, sublinha, prossegue a CNN, a "saudável solidariedade institucional" com Marcelo.
"Esta é uma etapa da vida que se encerra e que encerro com a cabeça erguida, a consciência tranquila e a mesma determinação: servir Portugal e portugueses da mesma forma como no dia em que entrei para primeiro-ministro".
"A dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com a suspeita de qualquer ato criminal"
Segundo a mesma fonte, António Costa já fala ao País. "A dignidade das funções de primeiro-ministro não é compatível com qualquer suspeição da sua boa conduta e menos ainda com a suspeita de prática de qualquer ato criminal"
"Ao longo destes quase 8 anos em que exerço funções, dediquei-me de alma e coração a servir Portugal e os portugueses", disse, acrescentando que "estava disposto a dedicar-me com toda a energia até ao termo desta legislatura".
"Fui surpreendido com a informação de que já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim. Estou totalmente disponível para colaborar com a Justiça para apurar toda a verdade seja matéria que for".
"Não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito. Confio totalmente na Justiça e nos eu funcionamento", destaca a CNN.