O julgamento em causa tem no banco de réu, a ex-advogada Tânia Reis e o perito forense João de Sousa. Estão acusados de terem forjado provas no caso da morte do triatleta Luís Grilo.
Como testemunha, Rosa Grilo — que está a cumprir a pena máxima na cadeia de Tires — acabou por descrever os atos que levaram ao homicídio e a forma como tentou esconder o corpo.
O depoimento da viúva do triatleta Luís Grilo contém factos incriminatórios que tramam Tânia Reis, sua advogada e amiga de longa data. Por exemplo, que foi ela a sugerir que Rosa mentisse — até porque o arguido segundo Tânia pode mentir sem ser penalizado, ao contrário de quem é testemunha, que jura dizer só a verdade.
Outros factos que incriminam a advogada e outro elemento da defesa de Rosa são os relativos às "provas plantadas" — na casa de banho e quarto onde ela disparou dois tiros, um no colchão e outro fatal na cabeça de Luís— para enganar a investigação da PJ.
A confissão da viúva Rosa parece ilibar o amante, António Joaquim, porque disse que embora a arma fosse dele, ela levou-o da casa dele sem ele saber.
Segundo o relato da viúva, vários dias depois de consumado o homicídio — e depois de deixar o corpo do marido escondido na garagem e com a lenha a tapá-lo — ela dirigiu-se à casa de António para devolver a arma, também sem conhecimento dele.
Busca pelo triatleta Grilo. Segundo Rosa confessou em tribunal, foi ela sozinha que levou o corpo do marido e a bicicleta para uma carrinha.
Depois de ter guiado da sua casa em Coelheiras até aos confins do Alentejo, deixou "tudo" num local do trajeto de treino dele.
De regresso, e após limpar tudo e pôr silicone na banheira para tapar o buraco feito pelo disparo da arma, avisou familiares e amigos e registou o desaparecimento junto da GNR-Guarda Nacional Republicana.
A busca envolveu centenas de pessoas entre operacionais, amigos, familiares.
Fontes: TVI/SIC/DN.pt