De acordo com um despacho, assinado pelo ministro João Gomes Cravinho e publicado na quinta-feira no Diário da República, a nova delegada vai substituir a atual responsável, Maria João Bonifácio, que cessa funções a 28 de fevereiro.
Márcia Cordeiro Guerreiro terá um mandato de três anos, a começar em 15 de março.
A executiva é atualmente a coordenadora da área internacional no Banco Nacional Ultramarino (BNU), com sede em Macau e que pertence ao Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD).
De acordo com a Rádio Macau, antes de ingressar no BNU, Guerreiro trabalhou durante cerca de cinco anos na Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).
Além de delegada de Portugal no Fórum Macau, Maria João Bonifácio era também a delegada da AICEP na região administrativa especial chinesa.
No despacho, o ministro João Gomes Cravinho defendeu que “é necessário garantir a continuidade do acompanhamento dos trabalhos” do Fórum Macau, que este ano celebra o 20.º aniversário.
O documento sublinhou ainda “a importância económica e política para Portugal” do Fórum Macau, “enquanto instrumento complementar de cooperação, nomeadamente a cooperação bilateral com a República Popular da China, a ligação à Região Administrativa Especial de Macau [RAEM] e a promoção da língua portuguesa e das relações com o mundo lusófono”.
Em 2003, a China estabeleceu a RAEM como plataforma para a cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, através do Fórum Macau.
Tutelado pelo Ministério do Comércio da China, o Fórum assume-se como “um mecanismo multilateral de cooperação intergovernamental centrado no desenvolvimento económico e comercial, tendo como objetivos consolidar o intercâmbio económico e comercial” sino-lusófono.
O secretariado permanente do Fórum integra, além de um secretário-geral e de três secretários-gerais adjuntos, os nove delegados dos países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Inicialmente prevista para 2019, a sexta conferência ministerial do Fórum Macau foi adiada para junho de 2020, devido às eleições para o parlamento de Macau, mas não se realizou devido à pandemia de covid-19.
A Semana com Lusa