Trancando as portas da casa roubada.

Ontem de manhã, assistindo as intervenções violentas dos nossos deputados nacionais, perguntei lá para os meus botões: esses fulanos estão na Achada Grande Frente ou na Achada Grande Trás. Vai a tempo desses iluminados darem conta que a sala de sessões do Parlamento é o espaço pedagógico por excelência do país e que o trabalho dos docentes cabo-verdianos não pode, porque não deve, ser posto em causa pela macriação dos nossos eleitos nacionais, salvo sempre algumas exceções. A boa educação é a chave que abre todas as portas e em circunstância alguma sobeja. Tenhamos isso em devida conta. Se não for possível, então legitimemos a violência para não abraçarmos a demagogia. Com elevada consideração.

A retórica de sempre, nada Mais. Mesmo que não tivessem apanhado ninguém, fazem barulho com o número mechuruco de uma família

Bandido bom é bandido morto

Gostaria de saber se a polícia não encontrou, desta vez, resistência no terreno durante essa operação. É que, nas operações anteriores, nesse mesmo bairro, a polícia, foi recebida com pedras, paus e garrafas que voavam de tudo quanto é lado, razão pela qual ela - a polícia - foi obrigada a retirar-se de mansinho com o rabo entre as pernas. Ou seja, a polícia foi obrigada a enfrentar a fúria das mães, irmãs, primas, sobrinhas, tias e até avós dos thugs. Imaginem só. E é caso para se dizer que a polícia está a sentir-se, completamente, impotente no combate à criminalidade urbana, sobretudo, na capital do país. Nem mais.

É triste ver ate oposição a não ter a coragem de falar a verdade .ataquem os traficantes

Parece que as autoridades preferem sempre aplicar os mesmos rituais de intervenção no combate à violência nas cidades, mais para efeitos de demonstração imediato, mas sem resultados práticos e efectivos. Tanto o governo como inúmeras outras instituições públicas e privadas mostram-se grande insensibilidade e falta de coragem em aceitar a natureza estrutural da violência nos principais bairros das cidades da Praia, Mindelo, ilha do Sal e outras. Medidas paliativas adotadas pelo Governo, se contêm momentaneamente a situação de insegurança vivida, não atacam nem a curto nem a longo prazo as raizes do problema. Ao contrário do discurso oficial do governo e das instituições, que se ocupam em dar combate ao fenômeno de violência e criminalidade com sua pletora de dados estatísticos e profusão de publicidade, a verdade a informação sócio-econômica, humana e ambiental (aumento da pobreza, agravamento da desigualdade econômica, de oportunidade ao trabalho dos jovens, a deterioração de rendimento das famílias e a precariedade de suas condições de vida devido ao brusco aumento de bens de primeira necessidade) contrasta com a realidade vivida e sentida e de que a violência e a insegurança não são mais que reflexos indesmentíveis em suas múltiplos aspectos e pressentidos de todos, salvo aqueles cidadãos privilegiados e custodiados pela força pública.
Para haver maior tranquilidade, segurança e combater a violência, em todas suas formas, que se está cada vez mais endêmica entre nós, o caminho e as soluções têm que ser outros que meros paliativos conjunturais adotados até o presente.

SE O GOVERNO TIVER DEVIDA ATENÇÃO E AFINCO PODE ELIMINAR A CRILIMINIDADE NA CAPITAL DO PAÍS. NÃO HÁ DESCULPAS.CHEGA DE INCURIA !
CUMPRIMENTOS.