Foram colocados nesta zona pela Câmara Municipal da Praia, há pouco mais de dois meses depois do arranque das obras de requalificação urbana e asfaltagem da zona do Sucupira.
Numa ronda pelo terminal, a Inforpress falou com alguns dos condutores que se mostraram “indignados” e “descontentes” com a situação em que se encontram a trabalhar.
Elton Semedo, proprietário e condutor de uma viatura no percurso Praia/Assomada, considerou que as condições são piores, ou seja, não existem nenhumas.
“Neste momento temos aqui uma vala de esgoto a céu aberto propício para criação de mosquitos e moscas, não temos casa de banho sendo que muitas das vezes temos de recorrer à casa de um senhor que reside mesmo ali”, avançou Elton Semedo que explicou que quando chove a situação fica ainda pior porque toda aquela zona fica encharcada de água.
“A situação aqui é péssima e não estamos seguros. Neste momento temos um esgoto de céu aberto com um cheiro nauseabundo e não temos uma casa de banho e às vezes temos de dirigir ao ponto de venda de combustível da Shell para consumir e ter acesso a uma casa de banho”, reclamou Adilson Tavares hiacista do Tarrafal.
Danilson Pereira, um outro condutor da linha Praia/Assomada diz que não há condições, sendo que trabalham debaixo do sol, porque não têm uma placa ou um sítio onde possam proteger-se e, para completar, o cheiro que se faz sentir ali é insuportável já que existe um esgoto a céu aberto.
Segundo explicou, na última semana, após a queda das primeiras chuvas, o espaço onde estão alojados ficou cheio de água e sem condições de permanecerem ali.
Em relação ao cumprimento do prazo das obras, os condutores e proprietários foram unanimes em considerar que a mesma não ficará concluída no prazo estipulado pela autarquia, (três meses) porque está muito atrasado.
Durante o lançamento da primeira pedra que aconteceu a 16 de Maio, o edil praiense, Francisco Carvalho disse que a obra é uma reivindicação antiga dos munícipes e enquadra-se num “projecto maior” de requalificação urbana e asfaltagem entre a zona de Sucupira, o Parque 5 de Julho, o bairro de Taiti e o Mercado de Coco, localizados nas imediações da Várzea.
Orçado em 40 mil contos, o projecto contempla várias fases e a ideia, segundo o mesmo, é transformar “a parte central e a mais movimentada da cidade” num amplo espaço de circulação e mobilidade com casas de banho e espaços de lazer para turistas e pessoas que praticam alguma actividade no local.
A esse propósito, a Inforpress tentou contactar a Câmara Municipal da Praia através do telefone, mas sem sucesso.
A Semana com Inforpress