“Trata-se de uma data simbólica!”, disse em declarações à Inforpress, fazendo menção ao seu percurso “nada fácil” que inicialmente era um ‘hobby’, mas certo que era uma actividade que queria levar adiante.
No entanto, precisou Enrique Alhinho, no início deparou-se com muitas dificuldades e nunca pensou alcançar e comemorar nove anos a praticar esta modalidade teatral que tem evoluído muito na sociedade cabo-verdiana.
“Actualmente somos mais de 50 humoristas a actuar na área de ‘stand up comedy’, aqui em Cabo Verde e na Diáspora, na língua crioula. Nove anos atrás eu era o único, e hoje basicamente não há alguém que não saiba o que é ‘stand up comedy’, isso mostra o quanto evoluímos”, salientou.
Estarão presentes no festival 12 humoristas, nomeadamente os residentes Rubén Barros, Jane Mendes, Beatriz Lúcio, Luiz Tavares, Enrique Alhinho, Ricardo Fidalga, Jailson Miranda, Tony e Tikai. Da Diáspora marcarão presença CvTep, que vem do Luxemburgo, e Benji e Carlos Andrade, de Portugal.
Segundo ele, este repertório é constituído por humoristas cabo-verdianos que mais representam ‘stand up comedy’ no País e na Diáspora, tendo destacado Benji, Cv Tep e Carlos Andrade como comediantes crioulos com “maior presença, visibilidade e alcance nas redes sociais”.
Enrique Alhinho lembrou que o Auditório Nacional tem capacidade para 600 pessoas, mas se os bilhetes esgotarem, informou, será aberta outra sessão, sendo que a expectativa é poder realizar mais de uma sessão.
O festival ‘stand up comedy’ “10-1 anos de carreira”, segundo o promotor, conta com o patrocínio de amigos empresários e empresas, sendo que os bilhetes estarão “brevemente” à venda.
Considerado o pioneiro da modalidade ‘stand up comedy’ em Cabo Verde, o humorista Enrique Alhinho conta que, na infância, era o mais “engraçado” da sua casa, um distintivo comum de todos os humoristas.
No entanto, o interesse pelo ‘stand up comedy’ surgiu quando realizava seu trabalho final de curso em Portugal, num momento de stress clicou, não sabe como, num show de um humorista americano e “adorou”. Na mesma hora falou ao seu colega de quarto que um dia iria fazer o mesmo.
Anos se passaram e em Novembro de 2013, começou a fazer ‘stand up comedy’ em bares e restaurantes na tentativa de incutir nos cabo-verdianos uma “cultura diferente”.
A Semana com Inforpress