“Fomos visitar as obras em curso no Sucupira, que, segundo o prazo anunciado inicialmente pela Câmara Municipal da Praia, já deviam estar prontas desde Outubro. O não cumprimento do prazo vem acarretando enormes prejuízos para as vendedeiras e os ‘hiacistas’, que procuram o sustento para suas famílias e pagam os seus impostos”, disse o director regional da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) de Santiago Sul, em conferência de imprensa.

Juscelino Vieira salientou, que os comerciantes, chefes de famílias, enfrentam várias dificuldades em exercer as suas actividades no local, por causa do atraso daquela obra, para além de não terem recebido nenhum aviso prévio sobre a mesma.

Apontou que estas mulheres encontram-se aflitas por causa de muita poeira e danificação dos seus produtos, igualmente, por falta ou deficiente corte de energia eléctrica e a confusão que se regista no local neste momento.

O dirigente da UCID em Santiago Sul assinalou também outro constrangimento que tem a ver com a vedação da estrada, todos os domingos, na Avenida Cidade de Lisboa e que a câmara “prefere não dar nenhuma satisfação” a ninguém.

“Consideramos que as obras quando são públicas, são feitas com dinheiro público e dos contribuintes e, por conseguinte, exige-se mais respeito para com os contribuintes, neste caso concreto, os comerciantes do Sucupira”, disse desafiando o edil a realizar um encontro para dialogar com os comerciantes.

Por outro lado, Juscelino Vieira referiu que na visita aos bairros da Calabaceira, Vila Nova e Safende depararam com situações que merecem alguma “atenção” por parte da câmara, nomeadamente, as obras de drenagens não concluídas.

Acrescentou também, que muitos jovens estão a reclamar por não terem espaços de lazer adequados e que precisam de manutenção para o desporto, sobretudo nas zonas de Safende, Vila Nova, e Paiol.

O director regional da UCID apontou ainda situações de casas com tectos em ruína, que, a qualquer momento podem desabar, e são pessoas que não têm os recursos para renovar os tetos das suas habitações, bem como a iluminação pública destas zonas que precisa ser melhorada.

“Desafiamos a Câmara Municipal da Praia a estar mais atenta às necessidades dos munícipes da Praia, sobretudo dos jovens, que reclamam que não querem ser visitados somente em períodos de campanha eleitoral, para depois serem liminarmente esquecidos”, acrescentou.

A Semana com Inforpress