Jorge Viana dirigia-se aos perto de 400 participantes no I Fórum Económico Angola-Brasil, que se realiza hoje em Luanda, no âmbito da visita a Angola do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
“A diplomacia presidencial, ela é imprescindível, é ela que faz com que as coisas aconteçam e o Brasil, lamentavelmente, estava há alguns anos sem essa diplomacia e sem a presença do chefe de Estado vindo aqui, abraçando, defendendo os interesses do nosso país, mas defendendo os interesses do país irmão como é o caso de Angola, para que as coisas aconteçam. É isso que o Presidente Lula veio fazer aqui”, referiu Jorge Viana.
O responsável, pela primeira vez em Angola, realçou que “talvez ninguém no Brasil tenha mais disposição, mais determinação, de fazer com que a reaproximação entre o Brasil e esse continente, especialmente Angola, aconteça”.
Por sua vez, o presidente do conselho de administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (Aipex), Lello Francisco, convidou as empresas brasileiras a investirem e fazerem parcerias com Angola, sublinhando o desejo de atrair e potenciar investimento para a produção local de frangos e suínos, em toda a sua cadeia de valores.
O responsável disse que o comércio bilateral entre Angola e o Brasil tem crescido ao longo dos anos, lembrando que o país africano é aberto ao investimento, e convidou os empresários brasileiros a investirem em todos os setores e contribuírem para a diversificação da economia angolana.
“A economia angolana oferece oportunidades em segmentos em que o Brasil é possuidor de enormes capacidades”, disse o presidente da Aipex, frisando que Angola importa anualmente bens alimentares no valor de cerca de dois mil milhões de dólares (1.852 milhões de euros), com um peso significativo para a proteína animal.
“Este fórum é para nós, sem dúvida, uma plataforma que vai permitir a troca de experiências entre o empresariado dos dois países, desenvolver sinergias, para a captação de negócios, e nós esperamos piamente que contribua para que as empresas brasileiras aprofundem o conhecimento do mercado angolano e num futuro muito próximo invistam nas potencialidades da economia angolana”, acrescentou.
A Semana com Lusa