O anúncio foi feito pela promotora do “Ka nu skeci nós origem” (Não esqueçamos a nossa origem, em português), Dina Mendes, na tarde de ontem, na Cidade da Praia, durante a apresentação pública do projecto, onde explicou que a ideia surgiu depois de enfrentar algumas dificuldades numa altura em que esteve em Cabo Verde para fazer investimentos.

Segundo a mesma, as informações disponibilizadas não batiam com a realidade do país, e a partir daí começou a pensar como criar um evento que lhe permita ser a porta-voz de toda a diáspora cabo-verdiana.

Dina Mendes disse que a primeira edição do Salão Internacional das Empresas da Diáspora acontece nos dias 22 e 23 de Abril, em Paris, e pretende ser um ponto de encontro anual para uma maior promoção das empresas da diáspora a nível nacional e internacional tendo em conta a imensa diáspora cabo-verdiana.

Por outro lado, o evento visa ainda criar a conexão entre as empresas da diáspora cabo-verdiana em países como Portugal, França ou Holanda de modo a criar uma base de dados para saber quantos cabo-verdianos empresários existem lá fora.

O projecto pretende também fazer intercâmbio das empresas na diáspora com as existentes em Cabo Verde, promover o turismo rural, ou seja, fazer um turismo mais da gastronomia nacional, da cultura e da história para um maior conhecimento da riqueza do país.

“Criar a ligação entre diáspora e futuros investidores na diáspora com instituições aqui em Cabo Verde, para que as instituições possam ir lá fora nos dar toda informação e ofertas de oportunidades de negócio e as facilidades que é dada aos empresários que investirem no país”, apontou.

A apresentação pública foi presidida pelo ministro das Comunidades, Jorge Santos, que disse esperar que essa feira seja o início de muitas outras para diversificar cada vez mais o investimento da diáspora cabo-verdiana.

Avançou que se trata de uma iniciativa empresarial da diáspora cabo-verdiana que irá contar também de instituições empresariais de todo o ecossistema financeiro cabo-verdiano como Pró-Empresa, Pró-Garante, Pró- Capital, Bolsa de Valores de Cabo Verde e bancos comerciais com interesse de interagir com os empresários.

O governante considerou que neste momento é aliciante investir em Cabo Verde sendo que existem oportunidades de negócios em diversas áreas como saúde, turismo, tecnologia, economia marítima e educação.

Jorge Santos adiantou que a regulamentação e aprovação do estatuto do investidor imigrante, a elaboração do guia do investidor imigrante e a plataforma digital de conexão com a diáspora fazem parte da infraestrutura digital criada para a diáspora empresarial.

“É chegada a hora da diáspora também interagir com o país e aproveitar as oportunidades de negócio e integrar a economia cabo-verdiana”, apontou.

A Semana com Inforpress