"Está mais do que na hora de ter uma resposta", disse Marinete Silva, mãe de Marielle, entrevistada por ocasião do terceiro aniversário do seu luto pela filha, Marielle Franco. Um caso de execução política que teve grande repercussão mundial desde a primeira hora (Eurodeputados com cartazes pedem Justiça para Marielle, 15.mar.018; Brasil: Morte de vereadora do Rio repercute-se na imprensa internacional e Temer é criticado, 16.mar.018).
Em três anos, as reviravoltas sobre a investigação incluem a indiciação de pessoas próximas do clã Bolsonaro, o que levou à já histórica reação indignada do presidente brasileiro em 14 de dezembro de 2018 sobre a "Globo, canalhas e patifes (que) querem acabar com o Brasil". A emissora tinha horas antes noticiado sobre a presença de "suspeito da morte de Marielle (que) esteve no condomínio de Bolsonaro no dia do crime.
A prisão de dois militares próximos dos Bolsonaro foram notícia em setembro de 2019: Detidos pelo assassinato de Marielle Franco dois militares próximos dos Bolsonaros, 31.out.019.
A motivação ligada aos tentáculos entre política e crime organizado no Rio de Janeiro foi também avançada, mas sem chegar a resultados ( Brasil: Indiciado na morte de Marielle Franco empresário e político — Móbil do crime: venda ilegal de terrenos no Rio , 15.dez.018).
O governador Witzel já deixou o poder (caído em desgraça) sem que tenha respondido à preocupação de Marinete sobre quem mandou matar a filha mais velha, a vereadora do Rio brutalmente assassinada em 2018 (Brasil: Mãe e irmã de Marielle Franco preocupadas com silêncio do governador do Rio sobre investigação, 19.jan.019,
Nos meses seguintes, várias capitais europeias homenagearam Marielle Franco, a vereadora "negra", "ativista" e "lésbica" que foi "morta a tiros em 14 de março de 2018 com o motorista, Anderson Gomes, após participar de um evento político".
As homenagens internacionais ao longo deste tempo incluem várias capitais mundiais (Portugal: Marielle Franco vai dar nome a rua em Lisboa – Homenageada na Alemanha, Paris e por fim Rio, 02.ago.019).
Mandantes do crime?
Três anos são muito tempo sem resposta.
A mãe de Marielle, executada com quatro tiros na cabeça, diz: "Todos os dias me pergunto o que pode ter levado uma vereadora eleita, defensora dos Direitos Humanos a gerar tanto ódio que levou à sua morte tão violenta. E todos os dias continuo sem uma resposta, sobre quem e o porquê".
Fontes: DW/BBC/Le Monde/Sapo.pt/...Foto: Mãe de Marielle, 1ª a contar da esquerda, foi recebida pelo papa no Vaticano em 2018.