Estamos todos curiosos para o que vem aí em 2023. Será que estamos preparados?O que herdámos da pandemia? Os estímulos económicos foram bons ou maus?O que causou a inflação?

Para entendermos isso tudo, teremos de analisar os dados dois últimos anos e também a história, a fim de percebermos em que cenário é que nos encontramos agora. É por isso que a história é fascinante em qualquer área: Permite nos entendermos e entender tudo que nos rodeia.

Analisando a história, saberemos de onde viemos, onde nos encontramos e sobretudo algo que nos está a dar rumo da nossa trajetória no tempo. Em 2020, com a pandemia, fomos na maioria obrigados a ficar em casa "shelter in place", e também as empresas foram obrigadas a reduzirem ou a pararem as suas atividades económicas, exceto os serviços essenciais.

Com a recessão económica, houve logo a seguir estímulos económicos através de injeção de liquidez no mercado dirigido á população e a empresas.

Com os estímulos, observou-se um fenómeno muito raro nos mercados de ações, que foi uma das recuperações mais rápidas de preços das ações. E porquê? Porque jogaram literalmente a "batata quente" nos ativos vulneráveis, com maior liquidez.

Ja nos ativos imobiliários, houve alguma resistência á queda, porque estes não são tão rápidos de serem transacionados quando comparados aos ativos da bolsa de valores.

Com liquidez e sem produção suficiente para a demanda, os preços dos produtos e serviços aumentaram drasticamente. Após a retoma das atividades, a população precisou de aumento salarial porque os preços tinham aumentado. Com aumento salarial, os preços aumentaram mais, e caímos num jogo de "Gato e rato": aumento de preços e salários, onde, por exemplo, o preço da gasolina duplicou, e o preço dos imóveis aumentou em cerca de 40%.

Sabe-se que, antes da pandemia, a quantidade de M1 (Quantidade de dinheiro a circular e em reserves bancárias), era cerca de 4 Triliões USD, agora está em cerca de 20 Triliões USD, ou seja, cinco vezes mais do que havia antes da pandemia.
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