Guy-Brice Kolélas (foto, ao alto) "faleceu no domingo à tarde no avião-hospital para Paris", segundo o seu mandatário disse à AFP esta segunda-feira. O candidato presidencial tinha dado entrada num hospital da capital congolesa na sexta-feira, depois de ter queixado no dia anterior de que devia estar com malária, como reportou na sexta-feira a Associated Press, que no sábado corrigiu a informação e confirmou que Kolélas estava doente com o coronavírus.
A contagem dos votos deve demorar alguns dias, mas a projeção desta segunda-feira dá 15 por cento ao candidato Kolélas, fundador em 2017 do partido UDH-União dos Democratas Humanistas. O mesmo resultado que obteve na presidencial de 2016 como candidato do MCDDI-Movimento Congolês para a Democracia e Desenvolvimento Integral. 15 por cento, um fraco segundo lugar na presidencial em que o trirrepetente Denis Sassou Nguesso ganhará com maioria absoluta após boicotes, desistências e supressão administrativa de concorrentes.
Em 2016, a derrota do candidato do MCDDI-Movimento Congolês para a Democracia e Desenvolvimento Integral ditou o fim dos Kolélas no partido, fundado em 1990 por Bernard Kolélas, um antigo presidente da capital, Brazzaville e ex-primeiro-ministro.
Em 2010, o filho Guy, o quarto de doze filhos do casal Jacqueline-Bernard, assumiu a sucessão do pai na liderança. O pai convencera-o a deixar a carreira internacional de economista e académico e enveredar pelos caminhos da política complicada da República Democrata do Congo.
O ex-académico Guy-Brice Kolélas foi ministro da Marinha e Pesca (2007-2009) e ministro da Administração Interna (2009-2015).
Fontes referidas. Fotos (Wikipedia/AFP): Guy-Brice Kolélas. Denis Sassou Nguesso, de 77 anos, presidente de 1979 a 1992, sob o partido único, e de 1999 a 2021 no sistema multipartidário.