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REPORTAGEM: Ex-interno da Aldeias SOS Assomada quer retribuir tudo que aprendeu com os demais jovens da instituição 04 Outubro 2023

O ex-interno da Aldeia SOS de Assomada, Santa Catarina, Edson da Moura Gonçalves, afirmou hoje que aceitou o convite em 2010 para trabalhar na instituição para poder retribuir tudo que aprendeu e recebeu com os actuais internos.

REPORTAGEM: Ex-interno da Aldeias SOS Assomada quer retribuir tudo que aprendeu com os demais jovens da instituição

“Aceitei o convite para ser cuidador de jovens da Aldeia SOS de Assomada [em Julho de 2010] para poder retribuir e transmitir tudo o que aprendi e recebi dessa instituição”, contou à Inforpress este jovem licenciado em Ciência Política e Administração Pública, no dia em que a instituição comemora 39 anos de existência.

Hoje, com 33 anos, casado e pai de três filhos, Edson da Moura Gonçalves, quer além de transmitir os valores aprendidos, ser espelho para jovens da Aldeias SOS, que lhe acolheu em 1998, quando tinha oito anos, e que deixou no âmbito do programa de reinserção em 2009 com ensino secundário concluído.

“Quero continuar a transmitir tudo que a Aldeias SOS me deu aos meus irmãos, sobretudo os valores. Quero que estes jovens me veem como espelho e continuam a ser o exemplo daquilo que a Aldeias SOS é, que é cuidar e dar mais amor às crianças”, insistiu o assistente educador de jovens no lar juvenil, onde orienta 15 jovens do sexo masculino e meninas a partir dos 14 anos.

“Quando perdi o meu pai biológico, aos oito anos, fiquei com a minha mãe numa situação difícil. Cheguei nas Aldeias SOS encontrei amparo e ganhei uma nova família”, desabafou, comprometendo-se em continuar a cultivar o “amor ao próximo” e o “espírito voluntário” adquiridos na Aldeias SOS de Assomada.

Durante a entrevista à Inforpress, Edson Gonçalves confessou as suas ambições políticas, mas notou que quando alcançar tal meta vai usar a sua influência para fazer com que o Governo ajude a Aldeias SOS, que segundo ele, após as sucessivas crises só está a funcionar graças aos padrinhos.

“Se o Governo apoiava conseguiríamos ajudar mais crianças. Porque, cuidar de uma criança até ser jovem é um investimento custoso”, lamentou, acrescentando que este apoio ia ajudar a instituição a ser “mais sustentável”.

Questionado se guarda mágoas da sua falecida mãe que lhe entregou aos cuidados da Aldeia SOS de Assomada, em 1998, Edson Gonçalves disse que não, e que só tem que agradecê-la por lhe ter dado a oportunidade de ter uma nova família – a família Aldeias SOS, instituição que, confessou, deve tudo o que é hoje.

A celebração dos 39 anos da Aldeias SOS vai ser marcada pela cerimónia de reinserção de três jovens, sendo dois do sexo feminino e um do sexo masculino, que saem do lar juvenil para o mundo de trabalho e de estudo, ou seja, para as suas famílias.

Da agenda consta ainda uma homenagem às mães da Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde, que terá lugar hoje a partir das 11:00, na Aldeia SOS de Assomada.

A Semana com Inforpress

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