O rapaz de 12 anos morreu ao oitavo dia no hospital, onde deu entrada dois dias depois da faxina num domingo. Foi encontrado inconsciente no autocarro escolar.
A autópsia confirmou que o rapaz morrreu de uma overdose de Fentanil, porque o tio o mandou fazer — sem qualquer material de proteção — a limpeza dos materiais que continham vestígios da substância utilizada no laboratório de fabrico de drogas.
O tio da vítima foi também acusado de operar uma "unidade de produção de uma substância perigosa" na casa que partilhava com o sobrinho, segundo noticia hoje sábado, o NYPost.
Segundo estimativas do UNODC-Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes, as novas tendências para o consumo de narcóticos estão a mudar as fontes mundiais de abastecimento.
Além das fontes asiáticas que estão a substituir a Colômbia e México, despontam "empreendedores nacionais" (como esse Troy Nokes) que usufruem da sua janela de oportunidades — não importando os meios.
Entre as fontes asiáticas domina a China. Mas há bom espaço de manobra para a Birmânia/Myanmar, Tailândia e Laos, países do sudoeste asiático onde esse negócio bilionário é "protegido por milícias privadas", segundo um relatório recente divulgado pela Reuters.
Fontes: BBC/AFP/Reuters. Relacionado: Condenado a 25 anos de cadeia, Le Roux "senhor da África Oriental", 10.jul.020. Foto (Getty/Reuters): A epidemia de que desde 2019 não se fala — mortes por opiáceos como o Fentanil (uma só dose de 2 mg já é fatal — responsável por 120 mil mortes anuais só nos Estados Unidos. Cada vítima está representada na instalação artística que em 2018 procurou consciencializar para a crise dos opiáceos.