De acordo com dados divulgados pela Direção dos Serviços de Finanças, a receita corrente nos primeiros três meses desde ano foi de 12,7 mil milhões de patacas (1,4 mil milhões de euros), o valor mais elevado desde o início da pandemia de covid-19.
Desta receita corrente, o Governo da cidade arrecadou mais de 10,1 mil milhões de patacas (1,1 mil milhões de euros) em impostos sobre o jogo, de acordo com o último relatório da execução orçamental.
Entre janeiro e março, Macau recolheu 19,8% da receita projetada para 2023 no orçamento da região administrativa especial chinesa, que é de 65,5 mil milhões de patacas (7,4 mil milhões de euros).
Apesar da subida nas receitas, a despesa pública caiu 22,8% para 15,5 mil milhões de patacas (1,75 mil milhões de euros), com a despesa corrente também a encolher 31,5% para 10,5 mil milhões de patacas (1,2 mil milhões de euros).
Ainda assim, Macau só conseguiu manter as contas em terreno positivo graças a transferências no valor total de 5,2 mil milhões de patacas (587,4 milhões de euros) vindos da reserva financeira.
Desde final de janeiro de 2020, a pandemia teve um impacto sem precedentes no jogo, motor da economia de Macau, com os impostos sobre as receitas desta indústria a financiarem a esmagadora maioria do orçamento governamental.
Os orçamentos do governo de Macau têm sido desde então marcados por sucessivas alterações e por pacotes de estímulo dirigidos às pequenas e médias empresas, à população em geral e ao consumo.
Em meados de dezembro, as autoridades do território anunciaram o cancelamento gradual da maioria das medidas sanitárias, depois de a China ter abandonado a estratégia ’zero covid’.
Em resultado, Macau registou um aumento em termos anuais de 163,7% no número de visitantes durante o primeiro trimestre de 2023 e uma subida de 141,4% nas receitas do jogo.
A Semana com Lusa