Após mais de 40 demissões no executivo, em apenas 24 horas, o apelo do recém-chegado ministro das Finanças, Nadim Zahawi, parece ter sido a gota de água para o primeiro-ministro britânico pedir a demissão.
Numa carta enviada, esta quarta-feira, ao chefe do governo, Zahawi expôs por que considera a atual situação "insustentável" para Boris Johnson se manter na liderança.dos conservadores e recomenda ao líder do executivo que "saia com dignidade".
"Primeiro-Ministro: isto não é sustentável e só vai piorar: para si, para o Partido Conservador e, mais importante, para todo o país. Deve fazer a coisa certa e partir agora.".
De acordo com vários meios de comunicação social britânicos citads pela AP, Johnson acedeu ao apelo, na condição de permanecer em funções até o Partido Conservador encontrar um novo líder.
O líder da oposição, o trabalhista Keir Starmer, já reagiu e pede "um novo começo para o Reino Unido", piscando um olho a novas eleições.
"Os conservadores têm observado 12 anos de estagnação económica, declínio dos serviços públicos e promessas vazias. Não precisamos de mudar a liderança dos ’tories’. Precisamos uma mudança adequada de governo. Precisamos de um novo começo para o Reino Unido", escreveu Starmer no Twitter.
A primeira-ministra da Escócia também já reagiu e antecipa "um abrangente sentimento de alívio de que o caos dos últimos dias, de facto meses, vai chegar ao fim".
"Embora a possibilidade de Boris Johnson se manter como primeiro-ministro até ao outono esteja longe do ideal e será certamente insustentável", escreveu na mesma rede social Nicola Sturgeon, que tem vindo a fazer campanha pela independência da Escócia perante o Reino Unido, cnlui a fonte deste jornal.