O processo de extradição e julgamento — contra Assange nos EUA onde arrisca 175 anos de prisão — continua a correr na era Biden como na de Trump e na de Obama.
Os Estados querem julgar o fundador do Wikileaks. Os apoiantes de Assange — mesmo se as ações de rua diminuiram nestes anos da Covid-19 — continuam firmes na luta para que o processo de extradição e julgamento seja anulado.
Ao aceitar defender Assange em 2011, a "nascida Sara González Devant mudou o nome para Stella Morris", por razões de segurança. A sua defesa de Assange não é estranha à tradição de berço: nasceu em 1982 na África do Sul "de pai sueco e mãe espanhola ativistas anti-apartheid".
Stella Morris revelou o ano passado que ela e Assange se conheceram profissionalmente antes de 2012, ano em que ele encontrou asilo político dentro da embaixada do Equador em Londres.
Em 2015 a advogada e o seu cliente iniciaram uma relação amorosa. Têm dois filhos nascidos em 2017 e 2019 e casaram em março de 2022 na prisão de Belmarsh.
Os links no fundo da página direcionam para alguns dos artigos publicados neste online sobre o fundador do Wikileaks.
Defesa de Assange processa CIA por espionagem
A equipa americana de defesa do fundador do Wikileaks acusa a CIA de ter gravado as conversas entre Assange refugiado na Embaixada Equatoriana e os seus advogados.
Segundo a AFP, o processo contra a CIA e Mike Pompeo é assinado por quatro queixosos. As advogadas Margaret Ratner Kunstler e Deborah Hrbek e os jornalistas Charles Glass e John Goetz acusam a CIA de lhes ter "devassado telemóveis e computadores para copiar os dados".
Os queixosos alegam que, sob a direção de Mike Pompeo, a CIA — servindo-se de uma empresa de segurança sediada na Espanha, a Undercover Global contratada pela Embaixada do Equador em Londres onde Assange esteve refugiado — violou a privacidade entre cliente e advogado, que é direito garantido pela Constituição.
Em declarações à imprensa, o advogado Robert Boyle expressou que o direito de Assange a um julgamento justo foi "manchado, até anulado" pelo facto de que "o governo dos Estados Unidos tem agora conhecimento do conteúdo das conversas entre o cliente e os advogados".
Fontes: AFP / Euronews /AP/BBC/CNN/....