"É preciso trabalhar com a sociedade civil: uma das principais áreas que identificamos é a necessidade de capacitação, como podem obter financiamento para a sua própria atividade", afirmou Robert Kotchani aos jornalistas, na Praia, à margem de uma visita ao país.
"A advocacia também é necessária para que o Estado aproxime as organizações da sociedade civil dos processos de tomada de decisão e na implementação de políticas de defesa dos direitos humanos", acrescentou.
O representante regional do ACNUDH para a África Ocidental está de visita a Cabo Verde, desde segunda-feira e até sexta-feira, para interagir com instituições governamentais, sociedade civil e entidades da ONU, por forma a identificar áreas para colaboração e fortalecimento de parcerias.
"Estamos sediados no Senegal, mas cobrimos toda a região da África Ocidental, com foco nos chamados ’países prioritários’, de que Cabo Verde faz parte. Por isso, quero discutir com o Governo, a ONU, a sociedade civil e instituições nacionais, áreas chave onde podemos colaborar, de acordo com o mandato do meu gabinete, que é a promoção e a proteção da defesa dos direitos humanos", explicou.
Robert Kotchani sublinhou que as reuniões foram produtivas e que o Estado cabo-verdiano está a trabalhar para defender os direitos humanos.
"Ainda podemos fazer melhor. Há um forte compromisso por parte do Ministério dos Negócios Estrangeiros para ratificar os instrumentos pendentes relativos aos direitos humanos e fortalecer a Comissão Nacional de Direitos Humanos. Queremos também reforçar o processo de apresentação de relatórios aos órgãos dos tratados e à sociedade civil", destacou.
As contribuições recolhidas em Cabo Verde deverão ser vertidas no plano de trabalho do escritório regional do ACNUDH, para 2024, concluiu. A Semana com Lusa