A reversa financeira da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) cifrou-se em 562,7 mil milhões de patacas (64,3 mil milhões de euros) no final de novembro, de acordo com a informação publicada no Boletim Oficial pela Autoridade Monetária de Macau.
Apesar da subida, o valor da reserva financeira continua a ser inferior em 107 mil milhões de patacas (12,2 mil milhões de euros) ao recorde atingido de 669,7 mil milhões de patacas (76,5 mil milhões de euros) em fevereiro de 2021.
Na primeira metade deste ano, a reserva financeira perdeu 17 mil milhões de patacas (2,04 mil milhões de euros) só em investimentos, devido a oscilações no mercado internacional, de acordo com o Governo.
O valor da reserva extraordinária no final de novembro era de 398,1 mil milhões de patacas (45,5 mil milhões de euros) e a reserva básica, equivalente a 150% do orçamento público de Macau para 2022, era de 185,1 mil milhões de patacas (21,14 mil milhões de euros).
A região chinesa, cuja economia depende do turismo, seguiu até meados de dezembro a política chinesa de ’zero covid’, com a imposição de quarentenas, confinamentos e testagem massiva.
A reserva financeira de Macau é maioritariamente composta por depósitos e contas correntes no valor de 272,5 mil milhões de patacas (31,1 mil milhões de euros), títulos de crédito no montante de 120,1 mil milhões de patacas (13,7 mil milhões de euros) e até 162,2 mil milhões de patacas (18,5 mil milhões de euros) em investimentos subcontratados.
Mesmo no cenário de crise económica criada pela pandemia, a reserva financeira de Macau tinha crescido em 2020 e 2021, apesar do Governo ter injetado mais de 90 mil milhões de patacas (mais de 11 mil milhões de euros) no orçamento.
As autoridades da região concederam em 2022 mais de 1,9 mil milhões de euros à população, ao abrigo de dois planos de apoio pecuniário.
O Governo gastou ainda 5,92 mil milhões de patacas (742,5 milhões de euros) para dar a cada residente oito mil patacas (mil euros), montante que podem usar para efetuar pagamentos, sobretudo no comércio local, desde 28 de outubro.
A Assembleia Legislativa de Macau aprovou em Novembro o orçamento da região para 2023, prevendo voltar a recorrer à reserva financeira em 35,6 mil milhões de patacas (4,5 mil milhões de euros).
A Semana com Lusa