Alguns moradores e operadores económicos e turísticos explicaram, em declarações à Inforpress, que a situação tem gerado “alguns constrangimentos”, visto que as pessoas que procuram fazer levantamentos têm de se deslocar à cidade de Assomada, que dista cerca de 16 quilómetros.
Face ao “longo histórico de avarias e problemas técnicos”, que “não têm tido resolução em tempo útil, e nem a devida celeridade” por parte do banco responsável pela máquina ATM, a população reforçou mais uma vez a necessidade da substituição do equipamento por um novo.
Para o presidente da Associação do Pescadores e Peixeira de Ribeira da Barca (APPRB), José Rui Oliveira, não é aceitável que uma zona turística, piscatória e com “grande número” de funcionários públicos, fique tanto tempo sem este serviço, que considerou rentável para a empresa que gere.
“Esta situação tem impactado pela negativa a nossa vida e a economia local”, ajuntou o líder associativo.
“A supressão de um serviço essencial como este não devia acontecer, esta situação é grave, desde o mês de Maio que não temos este serviço”, lamentou à Inforpress, José, dono que um restaurante local.
Este empresário diz-se prejudicado nos negócios, tendo em conta que não consegue comprar peixe e mariscos, e que só tem tido lucros graças ao ponto de venda (POS).
Na mesma linha, o operador turístico Sidney Martins afirmou que tem tido prejuízos após a avaria da máquina ATM, tendo em conta, segundo notou, que muitas vezes fica sem fazer fretes nas deslocações com botes para Águas Belas e Angra, já que os turistas não têm como pagar.
E, para colmatar tal situação, declarou que tem acompanhado os turistas até a cidade de Assomada para que possam receber pelo pagamento do serviço, ou recorre à um minimercado perto com POS para que possa fazer o pagamento, mas que paga 100 escudos por cada 1.000 escudos de pagamento.
No entanto, notou que há turistas que não aceitam tal forma de pagamento e desistem do passeio náutico.
Aliás, este jovem, que labora no ramo do turismo náutico, informou que tem optado por trabalhar com agências turísticas em vez que grupo de pessoas por causa desse problema, ou seja, precisou, com empresas o pagamento é feito via transferência bancária.
“A falta da máquina de ATM me tem prejudicado e de que maneira”, exteriorizou o empreendedor.
Os entrevistados contaram ainda que têm entregado cartão vinti4 e respectivo PIN a outras pessoas para fazerem levantamento de dinheiro em Assomada, e muitas vezes estas erram o PIN e até o montante a levantar.
Razão, que os levam a pedir mais uma vez que seja solucionado o problema “o mais breve possível”, insistindo que uma vila com actividades turísticas e com consumidores não pode ficar tanto tempo sem uma máquina ATM.
Durante a entrevista à Inforpress, os populares entendem que assim como qualquer outro cidadão cabo-verdiano têm direito ao serviço ATM e à Televisão Digital Terrestre (TDT), sendo este último que pagam nas facturas de energia, mas que tem registado ausência do sinal com frequência.
No dia 02 de Junho, o delegado municipal de Ribeira da Barca, José Avelino Monteiro, avançou à Inforpress que a máquina ATM existente nas instalações da Delegação Municipal de Ribeira da Barca vai ser substituída por parte da entidade proprietária.
É, que segundo ele, a entidade proprietária, o Banco Comercial do Atlântico (BCA), optou pela substituição desse equipamento, tendo em conta que a peça danificada não se encontra no mercado.
Este responsável disse acreditar que a substituição vai ser feita “brevemente”, tendo em conta que o banco, tem todo interesse em continuar a prestar este serviço aos consumidores dessa vila piscatória.
A Semana com Inforpress