A efeméride no coração da capital cabo-verdiana foi marcada pelo desfile da Banda Militar, sob o comando do regente Roberto Tavares, precedido de um desfile de moda da “House Of Onix” e funaná com o artista tradicional Binho, fundador do agrupamento “Rabenta”, ao largo do espaço Raiz di Polon, para o regozijo dos transeuntes.

O artista e intérprete Mano Preto, que esteve na organização do evento, disse tratar-se de um dia de reflexão, alegando que “para os artistas todos os dias são dedicados à cultura, mas quando há uma data que valorize e celebre mais a cultura, o Raiz de Polon fortalece a sua contribuição habitual”.

Já o “mestre” do funaná Bino Branca aproveitou o palco, a céu aberto, para, não obstante o sol abrasador que se faz sentir neste Outubro, transmitir a sua “pedalada” aos presentes com o seu repertório habitual, sustentado que Cabo Verde vale sobretudo pela sua cultura e suas gentes.

Enquanto isto, Vandreia Monteiro, do Ministério da Cultura, disse que este ano toda a agenda oficial foi realizada propositadamente nas ruas, de modo a ir mais ao encontro da população, e anunciou um “show” do saxofonista Totinho à tarde na soleira da porta do Museu Etnográfico.

Ainda à tarde, avançou, haverá a marcha “Cultura em Movimento”, a partir das 16:00, pelas principais artérias da capital, que culminará com um momento musical, com vários artistas, no Largo do Auditório Nacional Jorge Barbosa, em Chã de Areia.

O dia ainda conta com visitas dos alunos do Ensino Básico Integrado (EBI) ao Memorial Amílcar Cabral e visita ao Arquivo Nacional de Cabo Verde.

Ao longo do dia, várias escolas do programa Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura), desenvolvem actividades culturais em diversas ilhas.

As actividades centrais do dia nacional da cultura e das comunidades, entretanto, tem como palco a cidade de Lisboa, em Portugal, onde se realiza uma série de eventos culturais, sob a presidência do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente.

A efeméride homenageia o dia do nascimento do músico, poeta e escritor Eugénio de Paula Tavares, considerado o patrono da cultura de Cabo Verde, falecido aos 63 anos em Vila Nova Sintra, na ilha da Brava.

A Semana com Inforpress