O opositor de Putin estava a ser julgado à porta fechada desde junho no estabelecimento prisional de alta segurança IK-6 de Melekhovo, onde se encontra a cumprir a pena de nove anos de prisão por fraude. Navalny nega os crimes que lhe são imputados e os seus apoiantes consideram que se trata de perseguição política.
Neste novo julgamento, o Ministério Público tinha pedido 20 anos de prisão. Na quinta-feira, numa mensagem partilhada pela família, Navalny disse esperar uma pena "longa, estalinista".
Recorde-se que a 20 de agosto de 2020, durante uma deslocação à Sibéria Navalny foi vítima de envenenamento. Em estado muito grave, foi levado para a Alemanha onde recebeu tratamento médico. Recebeu alta em 2021 e regressou ao seu país, onde o detiveram no aeroporto de Moscovo. Desde então está preso.
Fontes: Le Figaro/ Le Monde/RFI/ TASS/Washington Post/Reuters. Relacionado: "Putin comanda morte lenta de Navalny" em greve de fome na prisão, 15.abr.021; "Queremos a liberdade de Navalny": Milhares de manifestantes arriscam vida, centenas de detenções, 23.abr.021; "Navalny pode morrer dentro de dias" — EUA, UE avisam Putin de que vai haver consequências, 20.abr.021; Navalny: Macron denuncia "tentativa de assassínio" e pede esclarecimentos a Putin, 15.set.020; Navalny em coma está ...no hospital...em Berlim, 25.ago.020. Foto(AFP/Getty): Navalny (vestido todo de negro) já afirmava esperar uma pena "longa, estalinista". Assim foi: esta sexta-feira o tribunal da foto — realizado à porta fechada na sua prisão a 250 km de Moscovo — condenou-o a mais 19 anos de cadeia que se somam aos nove anos a que foi condenado em 2022.