Conforme o Edil da Cidade dos Sobrados, esta solicitação vem no sentido de permitir mobilizar financiamentos no quadro do Fundo Nacional de Emergência para que o Governo e a Câmara Municipal tenham condições de repor a normalidade face aos estragos causados pelas chuvas em São Filipe.
“A dimensão e os riscos associados a situação, exige apoio e intervenção do governo bem como a solidariedade nacional para com a ilha do Fogo e o município de São Filipe”, enfatizou. «Queremos, desta forma, apelar ao Governo, às Nações Unidas, à União Europeia e a todos os parceiros de desenvolvimento de Cabo Verde que nos ajudem a ajudar as nossas gentes e à reposição da normalidade».
Segundo o conferencista, só a componente municipal os prejuízos ultrapassam os 70 mil contos. «Serão necessários milhares de contos para repor a normalidade e construir um sistema de drenagem eficaz, nas duas principais estradas nacionais, a saber Congresso/Santa Filomena e Congresso/Cobom, capaz de defender a Cidade e proteger as pessoas e bens. Só na componente Municipal para repor a normalidade serão necessários aproximadamente 70 mil contos a acrescer mais milhares de contos (maior fatia) na componente nacional das Estradas, drenagem e reconstrução do centro histórico e dos trabalhos recentemente inaugurados pelo Governo, etc.».
O autarca solicitou ainda o governo a transferência das casas do programa Casa para Todos de zona de Cobom ja inauguradas para se acudir àqueles que necessitam de habitação neste momento. «Apelamos também ao Governo à sensibilidade do momento para transferir, à semelhança do que foi feito nos outros municípios, as Casas edificadas no âmbito do projeto Casa para todos de Cobom, que já estão concluídas e inauguradas para permitir, em parceria, auxiliar e acudir aqueles que mais necessitam neste momento. Estamos confiantes que o momento assim exige de todos nós».
Momento de solidariedade e «djunta Mon» entre as autoridades e munícipes
Para o Edil, não interessa a discussão inócua de onde está a culpa, mas sim encontrar uma solução para os problemas provocados pelas chuvas. “A mim não me interessa a discussão, inócua, de onde está a culpa; a mim não me interessa apontar o dedo, como muitos tem feito, que os estragos foram mais nas obras de caráter nacional, do governo, que as municipais resistiram bem as intempéries, etc.etc”, defendeu.
Noias Silva acrescentou que o momento é de união, de solidariedade, de «djunta mon» entre a Câmara Municipal, o Governo e a sociedade para juntos, reporem a normalidade. “Os São Filipenses podem acreditar, que não descansaremos, até repor pedra sobre pedra um Município Grande, moderno, competitivo e com oportunidades para todos. Mobilizaremos todos e apesar de concentrados agora em acudir as populações mais atingidas, porque as pessoas estão sempre em primeiro lugar; apesar de estarmos focados, agora, na reposição da normalidade, queremos garantir a todos que TODOS os compromissos e projetos assumidos manterão em cima da mesa para serem cumpridas, podendo sim e admito, que com esta situação contingencial, sofrer atrasos, em termos de prazos para inauguração no próximo ano, mas vamos dar continuidade, logo após a reposição da normalidade, a todos os Projectos em carteira e concretizá-las porque o nosso compromisso com São Filipe é ambicioso, firme e com visão clara de onde queremos colocar São Filipe e as suas gentes no contexto nacional”, destacou.
O presidente da Câmara de São Filipe afirmou que todos são unânimes em concluir que a situação afigura-se, efetivamente, crítica, assumindo contornos de risco e, como tal, tornando necessária a realização de intervenções de urgência no sentido de, por um lado, garantir a mais célere e plena reposição das normais condições de mobilidade e de acessibilidade da população e, por outro lado, de implementar medidas preventivas e/ou medidas especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal e que contribuam designadamente para a criação de mais resiliência e para a redução dos riscos urbanos e de desastre.
“Queríamos regogizar com a chuva que abençoou a nossa terra, trazendo, após longos anos de seca, a alegria e novas esperanças, sobretudo para os nossos camponeses. Novas esperanças se abrem para o mundo rural, para o agricultor e para os criadores de gado”, fez questão de realçar Nuías Silva.