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S.Vicente: Líder regional do PAICV denuncia enterros indígnos de pessoas de Barlavento que morrem por deficiência crónica renal na Praia 14 Setembro 2019

O líder regional do PAICV em São Vicente denuncia, em conferência de imprensa realizado hoje,13, aquilo que considera ser a forma indígna como estão a decorrer os funerais de doentes crónicos renais que morrem na Praia, para onde são evacuados. Alcides Graça exige ao INPS que assuma os encargos com a transladação do corpo dos mortos para região norte do país, pedindo ao mesmo tempo ao Governo de Ulisses Correia e Silva que procure uma solução urgente do problema, que passará, segundo aquele dirigente da oposição, pela rápida conclusão do Centro da Hemodiálise no Hospital Baptista de Sousa, cujas obras evoluem de forma lenta.

S.Vicente: Líder regional do PAICV denuncia enterros indígnos de pessoas de Barlavento que morrem por deficiência crónica renal na Praia

«Todos nós sabemos que a taxa de mortalidade dos doentes com insuficiência renal crónica é elevada. Infelizmente, temos que aceitar, com naturalidade, que ocorram alguns óbitos. Contudo, não podemos aceitar que os funerais sejam realizados em condições indignas. É isso que tem estado a acontecer com algumas vítimas dessa doença», criticou.

Segundo Alcides Graça, o INPS garante apenas a viagem para Praia, subsídio de estadia e comparticipação no funeral. «A transladação do corpo é da responsabilidade da família do doente. E quem não tiver condições para fazer a transladação do corpo, o funeral do seu ente querido vai ocorrer longe da sua família e em condições indignas. Muitas vezes são enterrados como se indigentes se tratassem, sem o acompanhamento familiar até à sua última morada», denunciou, defendendo que o Ministério da Saúde e o INPS devem procurar uma solução que garanta o funeral dos óbitos ocorridos durante o tratamento dos doentes com insuficiência renal, na sua ilha de origem. «É o mínimo que se pode exigir. É uma questão de dignidade humana», realçou.

Atraso nas obras do Centro da Hemodiálise

O líder regional da formação tambarina faz que questão de contextualizar que tudo isso está a acontecer, porque o Centro de Hemodiálise de Mindelo, prometido pelo Governo para 2018, depois para o primeiro trimestre de 2019, e até agora nada. «E sabemos que se trata de uma infra-estrutura hospitalar de grande importância para o norte do país, uma vez que a maioria dos doentes, cerca de 63, é do norte do País, particularmente de São Vicente e Santo Antão. Portanto, a urgência na construção do Centro de Hemodiálise do Mindelo, justifica-se não só pela situação degradante em que vivem alguns doentes, designadamente aqueles que não são assistidos pela Previdência Social, como também para garantir, em caso de óbito, um funeral com a dignidade que um ser humano merece. No ritmo que as obras decorrem, seguramente que o Centro não ficará concluído este ano, com todas as consequências inerentes para os doentes do Norte do País», contestou.

A par dos problemas referidos, Alcides Graça alerta que é consensual que o afastamento familiar – evacuação das pessoas da região de barlavento para Praia - provoca « uma disrupção em relação à vida social, profissional e emotiva do doente», provocando uma grande instabilidade na sua vida.

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